segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Sexo, mentiras & video

O excelente fim-de-semana desportivo culminou com a conquista de mais um troféu para o futsal, o que vem confirmar a hegemonia do clube na modalidade. É no entanto a campanha eleitoral que obviamente domina as atenções da generalidade dos adeptos.

O aparecimento da gravação de uma conversa entre várias intervenientes, onde estão identificados José Maria Ricciardi (JMR) e Sikander Sattar (SS), veio agitar ainda mais as águas daquela que deve ser das campanhas mais fraquinhas que tenho memória, incluindo até aquelas de candidato único. Zero ideias e uma multitude de acusações e insultos é o que nos tem sido oferecido, substituindo assim o confronto de ideias e projectos. Para tal era preciso que os houvesse não era?...

Há muita coisa para perceber neste vídeo (os intervenientes, os verdadeiros objectivos, as datas precisas) mas o pouco que se sabe é por si só muito importante:

- O que se ouve na gravação aconteceu de facto e foi já confirmado por JMR [LINK];

- O que se ouve na gravação confirma o que há muito se imaginava. As eleições legitimavam uma escolha que era feita previamente no recato dos gabinetes e por gente que se move insidiosamente atrás das cortinas;

- Apesar de ser uma confirmação, o visionamento do filme não deixa de conferir uma sensação de voyerismo, tal a falta de decoro e sentimento de impunidade dos intervenientes. O sentimento de quem fala de algo que possui e que os sócios do Sporting são a "populaça" está permanentemente presente nos diálogos;

- O visionamento do vídeo reacende as dúvidas sobre a verdadeira autoria da reestruturação financeira. Elas são mais do que naturais quanto mais não seja pela celeridade com que aquela foi apresentada, atendendo até à narrativa da época, em que em vez de dossiers a actual administração só haveria recebido "uma folha A4";

- Fica por saber se o que se tem reiterado aos sócios é realmente verdade ou uma cortina de fumo para a apresentação, mais uma vez, de um plano de carácter urgente, inapelável e incontestável, na habitual retórica de "ou isto ou caos", como por exemplo a perda da maioria da SAD?

- A presença de JMR e Sikander Sattar na famigerada comissão de honra de Bruno de Carvalho significa a pretensa "unificação da familia leonina", que ao longo dos últimos quatro anos nunca foi pugnada pela actual administração ou a é a confirmação de que existe de facto um plano?

- A manutenção de um investidor mistério ao longo de tantos meses faz parte desse plano?

- O anonimato da sua existência não representa a passagem de um autêntico cheque em branco e não deveria deveria o seu nome ser conhecido antes do acto eleitoral?

- A sua existência não é um entrave à transparência, adensando e abrindo agora a porta à especulação?

- Está ainda por explicar porque foram movidos processos a antigos presidentes, visando a responsabilização pelos seus actos e diversos outros membros de órgãos sociais terem passado entre os pingos da chuva. 

- A presença desses dois elementos, (e de vários outros) que durante vários mandatos desempenharam funções no Conselho Fiscal (cuja missão, entre outras é a de "fiscalizar os actos administrativos e financeiros do Conselho Directivo, procedendo ao exame periódico dos documentos contabilísticos do Clube. Por último, deverá participar ao Conselho Directivo quaisquer irregularidades, ou indício delas, que tenha detectado no exercício das suas funções") é no mínimo estranha e representa uma estranha solidarização com a incúria e o desleixo com que aquelas funções foram exercidas.

- Era interessante ouvir o que têm a dizer alguns dos elementos que ladeiam estes senhores na Comissão de Honra de Bruno de Carvalho e que durante anos se opuseram à existência de tudo quanto SS e JMR representam para o Sporting;

- Afinal a frase "O Sporting é nosso" foi proferida originalmente por quem?...

-  Daí que o título me pareça apropriado: neste vídeo quem nos anda mesmo a comer (sexo, com F), quem nos anda a mentir?

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Lourenço e Carlos Padrão (há coisas boas na Sporting TV)

Uma conversa e análise surpreendentemente boas por parte do antigo jogador do Sporting e de Carlos Padrão, lembrar-se-ão alguns, antigo guarda-redes do Sporting, FC Porto, Boavista, V. Setúbal ou Belenenses, entre muitos outros clubes.
Como não tive oportunidade para ver o jogo é impossível adiantar qualquer coisa que vá além dum olhar sobre o 0-2 final. Nas últimas 6 semanas, apesar de alguns resultados negativos, o Sporting parece ter consolidado o muito importante 3º lugar, classificação que poderia (deveria) ter-se visto questionada pelo SC Braga de Jorge Simão. Felizmente, os minhotos também falharam. As últimas 3 vitórias, desejamos, serenarão uma equipa que independentemente daquilo que o SC Braga faça, garantirá o apuramento para as pré-eliminatórias da LC na próxima época. Tratar-se-á de um consolo sóbrio mas fundamental no crescimento da equipa: precisamos de estar novamente na fase de grupos da LC.

Olhado o actual momento e classificação, temos salvo erro mais 11 jogos pela frente, não lutamos por qualquer objectivo que vá além do 3º lugar, teremos uma palavra decisiva na atribuição do título quando recebermos o Benfica, e ainda poderemos (apesar de tudo) terminar a época com 80 pontos. Se dos 11 jogos imaginarmos - como exemplo - 8 vitórias, teremos somado no final cerca de 72 ou 73 pontos, nº que apesar duma época infeliz superará novamente a maioria das classificações do Sporting pré-Jorge Jesus.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

7 pontos sobre o confronto BdC - PMR

São várias as razões pelas quais não tenho actualizado o blogue e desse facto tenho antes de mais de me penitenciar ante os que fazem deste espaço leitura habitual. Além das razões de ordem pessoal que não cabem aqui, o até agora altamente decepcionante momento eleitoral tem constituído um forte dissuasor e obstáculo à vontade de escrever.

No entanto, tendo ocorrido ontem o único (!) debate entre as duas candidaturas interessa-me, até para registo futuro, deixar algumas notas sobre o mesmo.

1- Neste momento é totalmente inútil fazer um juízo público sobre quem venceu o debate, tal a radicalização das posições, sem  que quem o faz fique sujeito a todo o tipo de impropérios, insultos e desgaste desnecessário. Mas já não o é a condenação da argumentação insultuosa que contaminam muitos dos comentários que se vêm registando, com acusações ridículas e dignas de avaliação psiquiátrica. O principal prejudicado é o debate e sobretudo o Sporting. Poucas serão as pessoas com uma vida pessoal  e carreira profissional sólidas que se queiram sujeitar a tal. Agora e no futuro.

2- Ainda nesse âmbito é sintomática a forma como se tratam e analisam os nomes e as escolhas consoante o lado da barricada a que se associam. As considerações feitas sobre Delfim, mas sobretudo Boloni, o último treinador campeão, são, na sua grande maioria, lamentáveis.

3- As piores dúvidas sobre o modelo escolhido para o debate acabaram por se confirmar. O moderador não conseguiu esquecer-se que um dos seus entrevistados também lhe assina os cheques, chegando a ser confrangedora a parcialidade com que deixava Bruno de Carvalho em discurso livre (e muitas vezes lateralizado, com apartes deselegantes e provocatórios, ou sem qualquer conteúdo) para interromper amiúde o raciocínio de Pedro Madeira Rodrigues. Ver o moderador a fazer o papel de "Severino em versão moderada" das eleições anteriores foi particularmente penoso. É bom lembrar que trabalha para o Sporting e não para BdC, por mais que tal seja tão amiúde confundido.

4- Se são inequívocos os trunfos que Bruno de Carvalho tem para apresentar (melhoria clara em muitos sectores da vida do clube, pavilhão, vendas de jogadores, etc) são também muitos os pontos a merecerem profunda discordância (da minha parte, obviamente). A maior fragilidade são a falta de  resultados desportivos consistentes e que justifiquem tantos auto-elogios, quando afinal se trata da normalização do clube. Foi muito por isso que se ficou pela apresentação de médias ao invés de troféus, pontuadas com as habituais desculpas em que o Sporting cai com demasiada frequência.

5- São também inegavelmente inequívocas as fragilidades de Pedro Madeira Rodrigues e sobretudo da máquina que suporta a sua candidatura. Tal torna ainda mais difícil de percorrer o caminho a que se propôs, que já de si comportava uma tarefa ciclópica: constituir-se como alternativa à aura messiânica que uma grande parte dos Sportinguistas vêm em Bruno de Carvalho, quanto mim de forma hiperbólica, injustificada e sobretudo perniciosa para o clube e até para o próprio.

6- A propósito do ponto anterior é importante assinalar que se as candidaturas de BdC tivessem sido sujeitas ao grau de escrutínio a que está a ser sujeita agora a candidatura de PMR, e os votos então recolhidos fossem muito mais o resultado da captação do descontentamento, provavelmente não seria ele o actual presidente.

7- Do ponto de vista do esclarecimento dos sócios o debate foi uma perda de tempo. Por exemplo, algumas das medidas de PMR suscitam enormes dúvidas sobre a sua exequibilidade e BdC manteve-se na atitude defensiva que adoptou para a campanha, certamente aconselhado pelos directores se campanha que sabem que quanto menos se expuser melhor.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Estás na terra, não há cura para isso. Como tal, estarás sempre entre nós.

Quem conheceu Travassos afirma tratar-se facilmente do melhor jogador de futebol português de todos os tempos. Os relatos, as recordações, os livros, os depoimentos de treinadores, de colegas de profissão e dos adversários confirmam-no, apesar de nunca ter copiado os números espantosos de Fernando Peyroteo, e apesar de nunca se ter proclamado 'Rei'.
O Sporting vive do que é real ... não vive de alcunhas. Vive de títulos. Deverei começar pelo princípio: Travassos partiu a 12 de Fevereiro de 2002, quando o clube foi pela última vez campeão Nacional de futebol, 5 dias antes de João Vieira Pinto ter dado a vitória ao Sporting por 1-0 num jogo em Alvalade, e 5 meses antes do Sporting conquistar, no Jamor, a Taça de Portugal. Nasceu a 22 de Fevereiro de 1926, não perto mas literalmente no estádio José Alvalade, no local onde em 1983 se veria erguida a bancada que o lotou da capacidade para 75 200 espectadores. Faleceu a 12 de Fevereiro de 2002, entre as melhores memórias do Sporting Club de Portugal.

Veio ao mundo numa casa modesta, entre dois campos de futebol, o do Lumiar e o do Campo Grande. Aos 16 anos foi trabalhar para os estaleiros da CUF e jogou no Grupo Desportivo da mesma companhia. Como era sportinguista de nascimento, o seu sonho era jogar com a camisola verde-e-branca. Foi lá e ofereceu-se mas o treinador, Joseph Szabo, disse que era muito franzino e mandou-o ‘comer batatas com bacalhau para crescer’. Travassos não esteve pelos ajustes e ingressou no atletismo leonino. Seguiu-se o cerco do FC Porto e a resposta do Sporting que chegou a isolá-lo longe das vistas alheias em Torres Vedras. Foi ‘sequestrado’ por um associado do FC Porto mas um irmão conseguiu trazê-lo de volta para Alvalade. Assinou, de imediato, um contrato por 20 contos de prémio e 700 escudos mensais. No início dos anos 50 já os especialistas de futebol internacional haviam reparado na qualidade deste jogador português. Velocíssimo, era mestre no uso dos dois pés (...) a sua extraordinária visão de jogo permitia-lhe escolher quase sempre a melhor solução, e colocar ao serviço da equipa o seu vasto manancial de recursos. Além da certeza no passe, tinha uma finta própria e um poder de remate invulgar. Foi um futebolista fora do comum.

Em 1955 chegou o momento mágico quando recebeu um convite para representar a selecção da Europa, em jogo contra a Grã-Bretanha a realizar em Belfast. Foi a 13 de Agosto e a crítica considerou-o como o motor da equipa que venceu por 4-1. Até ao fim da sua vida, passou a ser conhecido como ‘Zé da Europa’.

Campeão Nacional: 1946/47, 1947/48, 1948/49, 1950/51, 1951/52, 1952/53, 1953/54, 1957/58
Taça monumental 'O Século': 1948 e 1953
Taça de Portugal: 1947/48, 1953/54
Campeonato de Lisboa: 1946/47
A estreia de Travassos nos campeonatos Nacionais, em 1946/47, coincidiria com a famosa edição onde o clube fixou o recorde virtualmente insuperável de 123 golos num só campeonato, a que corresponde uma média superior a 4 golos por partida. Nesta mesma temporada o Sporting goleou os:

Sanjoanense 2-6, Olhanense 8-0, Estoril-Praia 5-0, Boavista 4-1, Elvas 9-1, FC Porto 2-4, Atlético 1-6, Famalicão 7-3, Sanjoanense 4-0, Olhanense 3-5, Estoril Praia 2-4, Benfica 6-1 (primeira participação do Violino em derbies), Boavista 2-4, Académica 9-1, Atlético 9-2, Famalicão 5-9, Oriental 5-1, e CUF 7-0.





Nesta belíssima fotografia, ao lado do estrondoso Matateu (CF os Belenenses). José Travassos, inveterado caçador, 13 épocas com a camisola que sempre sonhara vestir.

Estás na terra, não há cura para isso.
Como tal, estarás sempre entre nós.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Moreirense 2 - Sporting 3: vencer os cónegos só depois da penitência

Acabou bem este jogo em Moreira de Cónegos um jogo que começou muito mal. Dizer que oferecemos dois golos ao Moreirense é capaz de ser pouco, qualquer um deles pode conquistar um lugar num qualquer ranking de golos caricatos que amiúde sofremos, em particular nesta época. Má leitura dos lances, algum azar e muita, muita displicência, inadmissível numa equipa com a responsabilidade que a nossa carrega.

Não me surpreenderam as dificuldades impostas pelos da casa, pois já havia visto o que conseguiu fazer no seu espectacular percurso na Taça da Liga. Aliás, foi enquanto visionava a final que discorri sobre a dificuldade que é ser treinador no campeonato português. As equipas pequenas são cada vez mais difíceis de bater, especialmente se o adversário demora a marcar ou até se se apanham em vantagem. Foi o caso na aludida final da taça e só não foi o caso hoje connosco porque, valha a verdade, a equipa sobe reagir.

Contrariamente à que me parece ser a opinião geral, a grande responsabilidade nessa reviravolta foi a equipa ter-se mantido fiel ao guião (onde é que eu já ouvi isto?..), confiando sempre no seu processo de jogo, acabando por vir ao de cima a superior qualidade do seu modelo e dos seus executantes. Convenhamos que, para uma equipa em declarada falência anímica e após dois reveses consecutivos (1-0 e 2-1 logo a seguir ao 1-1), esta constatação é uma boa noticia e que me leva a concordar com Jorge Jesus quando este afirmou no final do jogo que esta "é uma equipa com alma". Pelo menos hoje foi assim...

Saliências individuais para a entrada de leão de Podence, a fazer lembrar Markovic, não pelo que ele fez mas pelo que se esperava que fizesse. O que fomos procurar longe estava afinal aqui à mão de semear. Mais um bom jogo de Alan Ruiz, que finalmente aparece, lamentando que não tenha sido quando mais precisámos. E claro, Gélson que, nem sempre da melhor forma, mas foi quase sempre a sua irreverência que ia dando conta que ainda respirávamos. E claro, Bas Dost!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Marta Soares tem que se explicar a Bruno de Carvalho (e vice-versa)

Tem sido até agora muito pouco interessante de seguir a disputa eleitoral que terá o seu desfecho no próximo dia quatro de Março. Acusações, insultos e o uso de linguagem pouco recomendável tem-se sobreposto  ao debate de ideias e projectos para o clube. Talvez porque umas e outros (ideias e projectos) tenham muito pouca substância e sustentação?

A primeira grande polémica já estalou, com a lista de Pedro Madeira Rodrigues a acusar o PMAG Marta Soares de parcialidade e falta de ética, complementando a acusação com o desrespeito ao que está disposto nos estatutos. A lista de PMR entende que uma vez que Marta Soares é parte interessada no acto eleitoral, uma vez que se recandidata ao lugar, se deveria afastar temporariamente do cargo, por "violar os mais elementares princípios democráticos, de transparência e ética porque um candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral que é simultaneamente presidente em exercício não está em pé de igualdade com os outros candidatos".

O PMAG diz-se de "consciência tranquila", acrescentando que "não há nos estatutos ou regulamentos nada que me obrigue a afastar-me. Não devo obediência às preocupações do outro candidato. A questão da ética é de quem não tem mais argumentos, porque, para mim, a ética são os valores da consciência, da dignidade e da honra. E como eu tenho a consciência tranquila sobre os valores de isenção e responsabilidade do meu cargo, não me afasto do meu lugar de presidente da Mesa até ao dia das eleições. E depois, se ganhar, continuarei."

Pode haver quem entenda que isto das questões de ética e princípios não interessa para coisa nenhuma. Quem assim não pensa, ou pelo menos não pensava em 2013 era Bruno de Carvalho, como se pode ver no vídeo (ver à 1h e 18m)  que dava conta de uma das suas acções de campanha, mais precisamente em Vendas Novas.  Talvez seja melhor Marta Soares e Bruno de Carvalho conversarem sobre esta matéria.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Erros por dá cá aquele Palhinha - Jesus forever?


As afirmações de Jorge Jesus no pós-clássico, visando muito em particular Palhinha, acabariam por assumir um peso quase idêntico ou até talvez superior à derrota amarga que acabávamos de averbar. Sendo a derrota penalizadora para nós, pelo que respeita ao que esperar do resto da época, ela acabaria por trazer à actualidade uma notória dissensão entre aquilo que deve ser a política de reforços e constituição do plantel. 

Esta divergência não é propriamente uma novidade. A novidade aqui é percebermos que os rumores que se arrastavam à boca pequena pelo menos desde Chaves tomaram agora uma figura real e Pallhinha foi neste episódio um dano colateral. Sem desculpas, as palavras de Jorge Jesus são reprováveis, por mais favorável que seja o ângulo escolhido para as analisar e por mais ou menos óbvias que sejam as manobras de comunicação para conter os danos. É preciso ser muito ingénuo para pensar que o recurso consecutivo dos jogadores às redes sociais foi espontâneo. Espontâneas foram as reacções iniciais, dando conta do que sentiram.

O que nos é dado agora assistir é uma luta de egos e poder que se irá desenvolver até ao final da janela de mercado do próximo verão, o que acentua o carácter ainda mais condenável das afirmações, por se servir de um miúdo de vinte um anos como munição. Do seu resultado se fará uma história de sucesso ou repetido fiasco.

O essencial nesta questão é a confiança. Depois do sucedido esta época, Bruno de Carvalho sabe que não pode arriscar um novo Titanic e não pode voltar a passar cheques em branco. Jorge Jesus sabe que é má a sua imagem na fotografia desta época e que, mais do que negociar, vai ter que admitir interferências nas suas escolhas. Como já teve que admitir ficar de mão estendida quanto ao pedido de recomposição do plantel no mercado de inverno.

Não se deveria estranhar por isso as declarações de Jorge Jesus nem muito menos o alinhamento inicial no Dragão. Se não foi intencional pelo menos pareceu deliberada a vontade do treinador em deixar claro o que pensa. É que se para a titularidade de Palhinha não tinha muitas escolhas, a utilização de Matheus, um jogador de quem muito se espera e tantas vezes convocado pelos adeptos parece ter sido um claro "estão ver?".

Jesus parece ter mais certezas que dúvidas nesta "aposta na formação" como caminho para chegar ao titulo no prazo que lhe é exigido desde que o contrataram: "para ontem, se não puder ser para anteontem". E também não confia na capacidade de prospecção e recrutamento, depois dos desaires de Cervi e Mitroglu, ou o flop Meli ou mesmo Castaignos ou Spalvis, em quem não tem confiança.

A verdade é que pelo seu próprio histórico ambos têm a sua quota parte de razão. Se Bruno de Carvalho tem razões para temer os erros de avaliação de Jorge Jesus, este não tem menos razões de desconfiar também pelo histórico e porque sabe que plantel encontrou à sua chegada. Mas também porque facilmente percebeu que esta retoma na formação tem muito mais de gestão política e económico-financeira do que de convicção. Porque se esta existisse  não teria sido esquecida na gaveta no inicio da temporada para agora ser recuperada de emergência. 

O passado de JJ no que diz respeito à formação fala por ele, embora dela se valha para se justificar quando afirma, ao jeito de uma no cravo outra na ferradura "jogámos com seis da formação, 10 nos 20 convocados. Isto paga-se. Como o caso do Palhinha. Estamos a dar um passo atrás para dar dois à frente". Mas aqui ele não deixa de ter alguma razão: tem de haver equilíbrio nessa aposta, com o devido enquadramento, que potencie o valor dos "miúdos" e não o invés, que os exponha. Porque sabemos que na fase inicial das suas carreiras os jogadores são mais propensos a falhar e tal tende a acontecer quando a pressão dos resultados, dos cenários e dos adversários aumentam.

Para terminar observações telegráficas sobre Palhinha, o seu regresso e a sua participação no jogo:

- A gestão do percurso de Palhinha teria sido mais proveitosa para ele e para o clube se a sua incorporação tivesse acontecido no inicio de época. Hoje a sua identificação com as ideias da equipa e do treinador seria outra.

-  Mais uma vez foi por falha das apostas feitas no exterior (Paulista e Petrovic), em detrimento dos jogadores da formação, que estes acabaram por assumir responsabilidades que eram de outros em primeiro lugar.
- O erro de Palhinha ainda assim é enorme pelo peso que tem no jogo, que ainda não tinha caído para nenhum dos lados. Erro potenciado pela presença inédita de Soares, novidade que por isso criou algum desconforto e demorou a ajustar.

- Embora o seu empréstimo tenha sido proveitoso, o que lhe vai ser agora exigido por Jesus é muito mais exigente e complexo do que o "recupera e entrega" que geralmente tem de fazer noutros contextos.

- O decurso do jogo demonstrou Palhinha não William. É notória a diferença de características entre ambos, e o que cada um pode dar ao nosso jogo. Tal não quer dizer que Palhinha e William não possam coexistir no Sporting ou até mesmo na mesma equipa.

Jesus forever?
Não se infira do que aqui é dito que descreio das qualidades de JJ como treinador. Basta ver o que eram as nossas idas ao Dragão nos tempos que o antecederam e o que sofremos às mãos dele quando ele estava do outro lado da estrada. Se ele é o treinador ideal para o Sporting? Parece que a resposta está sobretudo do seu lado, uma vez que se não acredita no que tem à sua disposição e no plano do clube a sua permanência é um erro e uma perda de tempo.

Do lado de Bruno de Carvalho ouviu-se novamente o seu apoio incondicional, uma renovação de um "forever" já por nós conhecido em anteriores episódios da nossa história recentes. Mas isso é outra conversa para vários outros posts...

sábado, 4 de fevereiro de 2017

FCPorto 2 - Sporting 1: Como JJ inventou uma forma de não ganhar

A definição deste jogo começou na cabeça de Jorge Jesus quando este decide inventar uma forma de não ganhar o jogo. Mal as equipas foram conhecidas e se soube da titularidade de Matheus a questão colocou-se de imediato: o que pretende JJ com isto? Julgo que neste momento nem o próprio ainda percebeu. A verdade é que nossa primeira parte fez-nos lembrar aqueles tantos jogos em que naquele estádio e no que o antecedeu já entrávamos a perder.

Foi preciso chegar a segunda parte e começarmos a jogar com onze, especialmente após a saída da nulidade Marvin, para se perceber que poderíamos ter escrito uma história completamente diferente, demonstrando aquilo que é minha convicção: poderíamos ser melhores que o adversário de hoje. E não o somos porque enquanto eles fazem das fraquezas força, nós somos displicentes. A verdade é que acabamos a perder e vamos acabar este campeonato a lutar pela terceira posição.

Algumas notas adicionais:

- Quem andava a pedir oportunidades para Matheus talvez perceba que agora melhor que para jogar com a nossa camisola é preciso mais do que nome. De craque só a atitude e os tiques. Alguém que lhe diga isso antes que se perca.

- Para quem andava a pedir banco para William e dar o lugar o Palhinha teve uma excelente oportunidade para perceber que jogadores como o habitual titular não crescem debaixo das pedras da calçada.

- Marvin não é jogador para o Sporting. Está aqui um milagre que Jesus nunca conseguirá fazer.

- Schelotto mesmo sem deslumbrar fez um dos melhores jogos desde que está no Sporting.

- Alan Ruiz teve finalmente uma chamada a um jogo com adversário forte, algo que JJ procurou ir evitando, e saiu-se muito bem na prova. E isto não tem nada a ver com o golo.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Eleições 2017: "Tapem as caras com uma mão e votem com a outra"

A frase que titula o post ficou célebre quando Álvaro Cunhal em 1986 aconselhou os seus militantes a votarem em Mário Soares de forma a evitar a eleição, tida então como quase certa, de Freitas do Amaral como Presidente da República.

Um conselho algo semelhante pode Bruno de Carvalho ser obrigado a dar aos eleitores que pretendam votar na sua lista para o Conselho Leonino. É que o número de elementos naquela lista com "passado croquete" é tão abundante que os seus "militantes" (que tanto gostam de invocar aquela expressão) até podem ser levados a pensar que o boletim que têm na frente tinha ficado esquecido em algum "saco de plástico preto" das eleições que levaram à presidência Soares Franco, Bettencourt ou até mesmo Godinho Lopes.

O melhor mesmo é seguir o conselho, venha ele ou não ser dado...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Fim do mercado: do "all in" de verão à debandada de inverno

Não se pode dizer que tenha constituído grande surpresa o comportamento muito discreto no mercado de Inverno por parte do Sporting. O insucesso desportivo reduziu significativamente as possibilidades do clube quer de contratar quer de rentabilizar o forte investimento feito no verão. Ora muito desse insucesso começou a desenhar-se na incapacidade demonstrada em reforçar-se, apesar da generosidade dos gastos efectuados. Daí que as palavras chaves deste período tenham sido "reduzir" e "redimensionar" (a quantidade no plantel para o compromisso restante) "emagrecer" (a folha salarial). Mesmo esses objectivos ficaram aquém do desejável e só os mercados que ainda permanecerão em aberto permitirão realizá-los.

O número de jogadores continua assim excessivo, alguns dos excedentes são caros (p.ex. Douglas) e permaneceram por resolver os problemas resultantes da falta de soluções de qualidade em que os laterais são o exemplo mais notório. Mas não o único. Jorge Jesus certamente que terá que por uma velinha em vários altares a pedir a intervenção de todos os santos para que Bas Dost não se lesione ou seja castigado.

Não se pode dizer contudo que o plantel tenha ficado mais fraco, atendendo a que a participação dos jogadores que saíram mediaram entre o nada e coisa nenhuma no que ofereceram ao nosso jogo. O recurso agora à prata da casa, mais uma vez em momentos de aflição e não por convicção, terá pelo menos a vantagem de trazer sangue novo de jogadores que se identificam com o clube.

Ala, que se faz tarde
Meli
Ao contrário do que a brincadeira que se poderia fazer com o nome do jogador foi uma contratação sem nenhum açúcar. No máximo pode-se dizer que foi uma oportunidade única de viver seis meses de férias bem pagas numa das cidades da Europa com cada vez maior procura.

Markovic
Se a ideia era contrariar os rumores de uma morte antecipada como promessa de craque, o sérvio perdeu o seu tempo e nós o nosso dinheiro. 

Elias
Foi dos que mais jogou, o que só contribuiu para acentuar a imagem já desgastada que havia deixado. O risco da sua contratação não compensou e percebe-se agora que narrativa posta a circular de ter no horizonte um negócio da China não passou de fantasia ou propaganda para justificar o equívoco.

Petrovic:
Se Markovic e Elias ainda se podem perceber pelo que conseguiram fazer num passado recente ou longínquo a vinda do sérvio só se pode compreender por teimosia e desconhecimento da totalidade dos jogadores à disposição e em particular os oriundos da formação. Um problema que poderá ser reeditado na nova época, uma vez que vai sob empréstimo para o Rio Ave.


Acabou-se o recreio para os miúdos
Para a generalidade dos regressos significa um corte abrupto em participações que até estavam a ser proveitosas para os jogadores. Para que se justifique é necessário oferecer-lhes condições reais para singrarem, porque entrar esporadicamente ou nos minutos finais dos jogos não o são.

Palhinha
Foi ali a Belém comer uns pastéis que reforçaram a convicção do erro que foi a contratação de Petrovic. Não se pense porém que é o substituto ideal de William, trata-se de um jogador mais posicional que o habitual titular. Isso trará eventualmente mais segurança em momentos defensivos mas obrigará Jesus a repensar a forma como a equipa se comportará na hora de construir, algo em que William é peça fundamental.

Francisco Geraldes
É sobre ele que se concentrarão todas as atenções sendo por isso o primeiro desejo é que tal não lhe tolha as muitas qualidades que demonstra há algum tempo e que os seis meses no nível competitivo mais elevado confirmaram.

Podence
Não terá na maior parte dos jogos que o Sporting ainda tem para realizar o mesmo espaço no horizonte que desfrutou em Moreira de Cónegos. Isso é capaz de obrigar a reconfigurar-se. Se conseguir domar os seus impulsos e perceber os momentos adequados para fazer valer a velocidade que possui preparará com sucesso a sua integração no plantel do próximo ano.

Acabou-se o recreio mas talvez não ainda a brincadeira
Já sobre Spalvis, André Geraldes e Gauld impendem as maiores dúvidas sobre a sua prontidão para jogar, isto sem deixar de constatar que as razões do seu regresso nada tiveram a ver com a vontade do treinador, antes se deveram a decisões administrativas cuja bondade e acerto são altamente questionáveis. 

Spalvis acabou por ser recambiado por não ter condições de poder jogar no imediato. André Geraldes e Gauld foram arrancados a uma época positiva para agora não saberem sequer se poderão ser inscritos. Ainda que a sua inscrição venha a ser considerada regular, não deixa de constituir um embaraço para quem assumiu como primordial a luta por valores mais elevados no relacionamento entre os diversas entidades que constituem o universo do futebol. Dificilmente os jogadores não deixarão de se sentir usados e prejudicados, vendo os seus interesses mais básicos serem atirados para debaixo do tapete.

Embora, como é dito acima, seja possível que mais jogadores saiam para os mercados ainda em aberto, e sendo muito pouco provável qualquer admissão, estarão encerradas as portas do mercado 2016/17. E antes que se comece a falar no próximo é imperativo analisar exaustivamente as decisões tomadas nos últimos meses no que diz respeito à formação do plantel. 

É que, desde a gestão do potencial dos jogadores da casa, à política de empréstimos (para fora e para dentro), ao perfil adequado aos novos jogadores a integrar, há muita decisão a merecer análise profunda para que os mesmos erros de avaliação não sejam repetidos. 

Seguramente que dos que agora foram cometidos resultarão condicionamentos futuros na abordagem do mercado da próxima época. Dificilmente o Sporting encontrará no final do presente ano o mesmo volume de receitas que obteve no inicio da presente época. E, se o conseguir, terá que o fazer à custa da desvalorização do seu lote de titulares, ficando a interrogação se será desta que consegue suprir com acerto e realismo os lugares que venham a ficar vagos na titularidade.

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