sábado, 30 de abril de 2011

Mudança à vista?

Lamento ter sucumbido à irritação que a arbitragem do jogo de hoje me provocou, acabando por dar demasiada importância a quem não devia. Isto porque há acontecimentos do jogo de hoje que ,pelo seu significado, não merecem passar em claro:

31.311 espectadores presentes em Alvalade.

O apoio prestado à equipa, mesmo após o 2-1 e que só terminou com a sinfonia do apito.

A reacção pronta à arbitragem por parte de Godinho Lopes e Carlos Freitas.



A lista da Lusa: Inside information, especulação ou dolo?


A lista
Timo Hildebrand, Leandro Grimi, Anderson Polga, Abel, Marco Caneira, Simon Vukcevic, Cristiano, Sinama-Pongolle, Pedro Mendes, Maniche, Nuno André Coelho, Carlos Saleiro, Alberto Zapater e Salomão são alguns dos nomes, num total de 17, que a Lusa aponta como dispensados do plantel actual, e entre dispensas definitivas e empréstimos. Não passando de um rumor sem confirmação, pode-se no entanto afirmar que a lista, a ser verdade, não constituiria nenhuma surpresa. Nela constam jogadores cujo rendimento tem sido aquém do esperado, sendo a sua maioria constituída pelos jogadores mais caros do plantel. Dela constam também jogadores, como Salomão, André Coelho e Saleiro, que necessitam de tempo de jogo para evoluir. Do lado surpresa talvez Pedro Mendes, pelo valor indiscutível que tem e pela relevância que se lhe atribui no balneário. Mas, tendo em conta a sua propensão para lesões musculares e seu salário, até posso compreender uma decisão como essa.

Há alguns aspectos sobre a divulgação dessa lista que me merecem alguns comentários:

A veracidade da notícia
Embora seja uma lista verosímil, já o mesmo não me parece que ela possa ter sido comentada em sede de CL como informação vinda do interior do clube, por razões óbvias e como é dado a entender na notícia do JN. A partilha deste tipo de informação é obviamente um erro estratégico que não me parece possível de ser cometido a este nível. As aquisições e dispensas não são um relatório e contas.

O objectivo da notícia
Poder-se-á pensar que este tipo de rumores – têm sido muitos do género - é propositadamente largado nas redacções tendo como propósito ir preparando os jogadores e auscultando a opinião dos adeptos. Se o é é um erro de palmatória. Na véspera de um jogo importante uma noticia como esta é uma bomba num balneário que até já foi suficientemente fustigado ao longo do ano. Algo assim é mais útil aos nossos adversários directos do que para nós.

Segundas linhas
Adrien Silva, João Gonçalves, Nuno Reis, Renato Neto, Vítor Golas, Mexer, Ricardo Batista, André Marques, André Martins, Pereirinha, Diogo Rosado, Wilson Eduardo, Rui Fonte, Owuso, Baldé não estão todos ao mesmo nível para serem considerados opções para o plantel do próximo ano. Desconheço o que tem feito o trio de emprestados ao Cercle Bruges, a não ser que têm acumulado tempo de jogo, pelo que não consigo perceber se poderiam constituir uma opção válida para o próximo plantel. Não tenho dúvidas que Adrien Silva, Pereirinha e Marques o seriam. Wilson Eduardo, pelo pouco que lhe vi em Aveiro, precisa de continuar a evoluir e talvez fosse bom para ele fazê-lo num plantel onde pudesse jogar com regularidade e o mesmo deverão fazer Baldé e Martins. Rui Fonte é um jogador livre desde Janeiro e não sei se permanecerá ligado ao clube, o que se me afigura difícil. Rosado seria, pelo valor que se lhe aponta e depois da 2º época consecutiva a marcar passo na sua evolução, sempre marcada por lesões prolongadas, um jogador para reter em casa e perceber onde estão as razões do seu falhanço. Golas e Baptista um deles deve continuar fora, sendo que o 2º está a contas com um pesado castigo por doping, razão para reflectir onde e como devemos fazer evoluir os nossos jogadores. 


Amanhã pelas 12.30 o Sporting continua a cumprir o seu destino quando disputar a final da Uefa Futsal Cup: falta  apenas 1...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Porque nem todos servem para o Sporting

Tornou-se recorrente falar em Mourinho (e agora em André Villas-Boas) cada vez que estes alcançam mais uma vitória, pelo facto de ambos poderem ter sido treinadores do Sporting e, por decisões nunca muito bem esclarecidas, nunca o terem chegado a ser. Já um bocado estafado de olhar para o passado, até porque os erros, mesmo que de palmatória, já não podem corrigidos, espero agora que a escolha do treinador seja mais criteriosa. Porque não é qualquer um que pode ser treinador do Sporting, como parecem ter pensado Bettencourt e Costinha quando se lembraram de Paulo Sérgio, cujo curriculum nada tinha que o recomendasse. Mas o curriculum não pode ser tudo. Num clube que reconhecemos grande como o nosso escolher o treinador não pode, ou não deveria  ser apenas olhar para as taças e campeonatos conquistados. A “pegada” que deixa nos clubes por onde passou, nomeadamente no modelo de jogo, na riqueza do plantel, na sustentabilidade assegurada e até na sua capacidade de relacionamento com o exterior não podem ser esquecidos na hora de contratar um treinador.

O caso de Mourinho em Madrid é disso uma evidência. Será o técnico com mais títulos ganhos de forma consecutiva em actividade. Mas nem o futebol jogado nem as suas constantes diatribes se casam com a nobreza do historial do Real. A Taça do Rei de Espanha já está no museu do clube, mas quanto do prestigio terá sido beliscado pela forma como o Real tem sido ofuscado e muitas  vezes“atropelado” pelo arqui-rival da cidade condal, como sucedeu no último jogo e na patética conferência de imprensa que se seguiu? O erro da arbitragem, que existiu, não pode justificar tudo, sobretudo o facto de, nos 4 jogos entre os 2 grandes de Espanha, o Barcelona ter marcado 8 golos e sofrido apenas 2, e 1 já depois dos 90 minutos de jogo. E Mourinho tem pouca autoridade para falar de arbitragens e de favorecimentos, como aqui se lembra muito a propósito… ( E já nem falo de camisolas…) Eu se fosse madridista também me sentiria preocupado e até incomodado e, como Sportinguista, estou já cansado de me sentir incomodado com os nossos próprios treinadores.

P.S.- Mas o Sporting infelizmente tem muito que dizer sobre arbitragens e por isso estou curioso pelo resultado da nomeação do nosso velho amigo Duarte Gomes para o jogo com o Portimonense e o que sucederá em Braga com Bruno Paixão…

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fome de bola



Acompanhei ontem via site oficial do Sporting a sessão de esclarecimento que decorreu em Alvalade e fiquei bastante agradado com aquilo que vi e ouvi, mais do que aqueles resumos semanais que penso serem impossíveis de manter regularmente esta abertura ao diálogo com os sócios é extraordinariamente salutar.

Há todas as condições para manter este tipo de iniciativa e a única coisa que se estranhará daqui a um ano é o porquê disto não ser executado há mais tempo. Foram prestados esclarecimentos sobre variadas áreas de funcionamento do Sporting, auditoria, pavilhão, revisão de estatutos, associados, futebol, estádio, etc.. O facto que penso ser mais importante referir é a sensação de que os diversos dossiers não estão parados a apanhar pó numa qualquer prateleira mas que estão a ser discutidos e avaliados de modo a serem apresentados aos sócios não como decisões finais “porque sim”, mas como conclusão de processos que avaliação de prós e contras que levaram a uma conclusão de compromisso.

Há pormenores no discurso que são diferentes, por exemplo, a determinado momento da conversa e sobre o tema futebol, Godinho Lopes não deixou de agradecer a Couceiro e Lima a sua disponibilidade para sair dos seus lugares confortáveis e arriscarem assumir o comando técnico da equipa. Independentemente de resultados há palavras que não devem ser caras no nosso vocabulário e é bom ouvir um Sportinguista a agradecer a outro.

Quando tive de interromper a transmissão não me apetecia pensar em VMOC’s, salas dos sócios, instalações para o hóquei em patins, défices, formação, enfim tudo aquilo que temos discutido aqui e noutros lados lançando gritos de alerta desesperados contra aquilo que sentimos ser a cegueira generalizada com que diversas direcções olhavam para o Sporting.

Ontem aquilo que me apetecia era vestir a minha camisola Stromp, amarrar o cachecol ao pulso e sair estrada fora rumo a Alvalade para matar a minha fome de bola, entrar em Alvalade disposto a transmitir à equipa a confiança que ela necessita para tornar as vitórias mais fáceis. Gritar, aplaudir e cantar sem estar a pensar se por estar a fazer aquilo podia ser rotulado de Roquetista, da ruptura, ou do raio que parta os diversos rótulos. Quero ser apenas, com os meus companheiros de bancada, um Sportinguista fiel e disposto a tudo para apoiar o Sporting.

Que boa foi essa sensação e que saudades tenho eu de ir com esse sentimento à bola, gastar as conversas antes do jogo não em fait-divers mas em técnicas e tácticas, na jogada do Matias, no regresso do Izma, na finta do Salomão, na estirada do Patricio. Quero chamar a malta, encher o carro e ir ver o Sporting ganhar!

Para já ganharam mais um espectador no sábado porque é este o sinal que está ao meu alcance dar de que gostei daquilo que vi e que ouvi. Como dizia o Jonas aqui há uns dias aqui na caixa de comentários, sou um ingénuo. Sou e com muito orgulho!

E tu vais ficar em casa?

Uma gravata nova para Domingos e as declarações de Manuel Fernandes

"Neste momento, há que tentar conquistar o terceiro lugar, com o devido respeito pelo Braga. Ao mesmo tempo, há que ir pensando no futuro. O novo treinador ainda não está decidido e, por isso, não faz sentido estar a fazer contratações. Um jogador pode ser muito bom em 4x4x2 mas se o técnico optar por um 4x3x3. O que não podemos é continuar a ficar a 30 pontos do campeão”. 

Mas não se coíbe de comentar o nome de Domingos Paciência: “Tem demonstrado que é excelente como treinador. Aliás, como treinador que fui e sou fico muito orgulhoso por termos três técnicos nacionais nas meias-finais da Liga Europa. Só que, como não está lá o Sporting, que ganhe o melhor."

Manuel Fernandes, ontem no Estoril Open

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Izmailov e outras renovações em curso

Simon Vukcevic e Marat Izmailov têm sido dos mais aclamados “reforços” dos últimos anos, mas tardam em justificar esse estatuto. Potencial não lhes parece faltar mas, cada um pelas suas razões, ficam sempre muito aquém do que prometem. Assim se chega, após o conhecimento da renovação do contrato do russo, a mais uma onda de entusiasmo por uma decisão que deve ter por base a famosa lei webster, que determina que  “é possível a ruptura unilateral de um contrato por parte de um atleta com mais de 28 anos, desde que tenha cumprido dois anos do acordo e o clube seja recompensado com o valor remanescente estipulado.” Era essa a situação que se encontrava o jogador russo pelo que me parece uma boa medida. Veremos mais adiante se a este novo contrato de Izmailov corresponde também uma verdadeira renovação, longe de lesões e casos que o afastem do rendimento consistente que tanto necessitamos, ou esta é apenas uma medida para acautelar mais-valias numa futura venda.

Em renovação está também o empréstimo obrigacionista contraído pela SAD do Sporting, uma medida que não me parece ter alternativa viável. Esta será, se não estou em erro, a 2ª renovação, após a sua criação ao tempo de Soares Franco. A (não)alternativa seria o Sporting entregar aos que investiram no produto financeiro os 20 milhões que lhe foram emprestados, dinheiro esse que o Sporting não tem e dele precisa para muitas outras rubricas urgentes. Ainda em relação à SAD é interessante verificar as 2 filosofias seguidas em paralelo: por um lado a manutenção dos “nomes do costume” João Mello Franco e José Maria Ricciardi, a repescagem de Salema Garção, todos para o Conselho Fiscal da sociedade, de Filipe Soares Franco para a Comissão de Accionistas e surpresa da abertura da Mesa da A.G. a 2 elementos de listas concorrentes: Marcelo Rebanda, membro dos corpos sociais de Bettencourt e integrante da lista de Dias Ferreira, e de Maria de Fátima Abrantes Mendes, esposa do candidato Abrantes Mendes.

Acompanhei ontem com algum interesse a participação de Eric Dier no derby Sub-18 de Liverpool que os “toffees” venceram por 2-0, tendo o marcador sido inaugurado precisamente pelo jovem Eric, num lance resultante de um canto. O meu amigo Pedro Varela faz também hoje referência à noticia, à qual chegamos graças a Ben Shave do Cahiersdusport.  Ainda sem perceber quais as razões que justificaram a venda de 50% do seu passe e o posterior empréstimo ao clube inglês, por razões já anteriormente faladas aqui e aqui, temo que se possa ser já tarde para reparar um erro colossal que é vender os ovos ainda dentro da galinha. 

A  Academia do Sporting vive um momento peculiar: por um lado vê premiado a sua capacidade de formar jogadores, ao ser convidado para participar no "Next Generation Tournament", no que dizem ser uma espécie de Liga dos Campeões dos pequeninos, por outro parece ver renovar o seu quadro de técnicos com a chegada de Beto, Sá Pinto (?) Vidigal, Manuel Fernandes e Nélson, ao mesmo tempo que se nota pelo menos no último escalão de formação uma derrapagem na qualidade do futebol jogado e um desperdício do talento à disposição. Por outro lado, e a confirmar-se este rumor, as alterações em Alcochete serão substanciais.

terça-feira, 26 de abril de 2011

30 dias com Godinho Lopes

Cumpre-se hoje 1 mês após a eleição de Godinho Lopes como presidente do Sporting e importa reflectir o que foram até agora estes 30 dias. Trata-se, como é óbvio, de um período demasiado curto para operar transformações substanciais mas o suficiente para determinar uma tendência.

Tendo passado o período eleitoral com o rótulo de “continuidade” na testa a primeira sensação que GL tem transmitido é que tem sabido descolar o rótulo com medidas pontuais mas suficientemente claras para permitir acalentar a esperança de que não vai ser mais do mesmo. Há uma clara ruptura com o passado recente no que diz respeito à valorização do sócio, essa era uma matéria prioritária que não carecia de fundos mas apenas de bom senso e parece-me que, no essencial, se está a ir no bom sentido. As medidas estão aí, parecem-me válidas e merecem muito mais do que ignorância que a generalidade da blogosfera lhes concedeu. Julgo até que se foi mais longe do que alguma vez se imaginou, com a audição dos sócios, já amanhã em Alvalade. Esta é uma medida sem precedentes no nosso clube ( e julgo que em todos os outros) demonstrativa de que o actual elenco directivo percebeu bem as circunstâncias difíceis em que foi eleita e que, GL em particular, não quer ser apenas presidente de pouco mais de 30% dos sócios que votaram nas últimas eleições.

GL não é um comunicador por excelência mas tem-se esforçado por comunicar, dando conta das medidas que vem tomando e do que projecta para o imediato. Prestar contas aos sócios é uma diferença substancial em relação ao hábito instituído no clube e deve por isso ser também assinalado. Neste âmbito, e quer na comunicação interna quer com o exterior há questões a merecer análise e ponderação. Ao nível interno as comunicações no site deveriam ser mais curtas e incisivas, sob pena de se perder o essencial. Ao nível externo há que perceber o que é deve ser dito pelo presidente e o que deve ser dito pelos vices, bem como o exacto timming em que  o deve fazer, sob pena de se confundir o tão importante que é quem perder-se a oportunidade e a relevância do que se quer transmitir. O caso da arbitragem no dragão pode servir de balão de ensaio para afinar a estratégia.

Ainda sem resultados evidentes na equipa de futebol é também notório o acompanhamento de proximidade ao plantel. Esta é uma medida tão óbvia que só merece referência por ter sido desprezada no passado. Os planteis de futebol têm a sua idiossincrasia que difere em muito do que é considerado normal no acompanhamento dos recursos humanos de uma empresa. Perceber as dinâmicas de um balneário é por vezes o primeiro alicerce de uma boa época.

É ainda cedo também para apreciar a coesão da equipa que acompanha GL, apesar de ter obviamente aparentado união por força do difícil começo, resultado do momento pós-eleitoral. Veremos como reagirão à erosão provocado pelo tempo e pelas dificuldades.

Mas há promessas que GL fez durante a campanha eleitoral algumas promessas que não o estou a ver em condições  cumprir. À cabeça ocorre-me logo a questão dos 100 milhões. E cometeu um erro de palmatória ao nomear ou deixar-se colar a promessas de jogadores com nome certo, como Alex Silva, Garay, Bobô e Hugo Almeida, por exemplo. Obviamente que tendo sido eleito os empresários (e até os próprios jogadores) e clubes a que os atletas estão ligados se sentirão tentados aproveitar a circunstância para inflacionar os custos de uma eventual assinatura. O caso de Alex Silva é o mais evidente, parecendo-me que o jogador se tem até servido do nome do Sporting para inflacionar o  seu contrato futuro com o S. Paulo, clube onde parece querer ficar. A questão dos jogadores não me parece dramática porque existem muitos no mercado de valor técnico idêntico e até superior (Hugo Almeida é o caso mais evidente) e de custos menos inflacionados que uma boa prospecção poderia encontrar. Mas, até pelo que se percebe últimas das palavras de GL sobre fundos, a aposta do Sporting no mercado vai ser em “valores seguros” e é aqui que o actual presidente terá a seu primeiro grande teste. Conseguir criar à volta do próximo plantel um capital de esperança que se transforme em confiança na próxima época é uma tarefa crucial. Veremos mais adiante, quando se completarem os primeiros 100 dias.

Ficam também por avaliar as consequências da "requisição civil" de antigas glórias do clube. Trata-se de uma medida tomada em desespero de causa, paradoxalmente há muito pedida por aqueles que agora a criticam. Do  meu ponto de vista insisto no que sempre disse: lugares no Sporting dão-se por mérito e competência. Não se deveriam arranjar lugares para para pessoas mas colocar as pessoas nos seus devidos lugares.

Como dizia acima GL não parece ser um comunicador nato e aponta-se-lhe falta de carisma para lidar com multidões. Pessoalmente não preciso de discursos inflamados, nem pontuados com violinos de fundo para me sentir identificado ou mobilizado.  Já me daria por satisfeito se o visse encaminhar o Sporting para um futuro próximo mais forte e também mais unido. Isso depende em muito do seu papel como presidente, sem dúvida,  mas em igual medida dos sócios. Não espero milagres mas essencialmente o bom senso que tem faltado nos últimos anos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Chega de Páscoas!

A Páscoa como festa tradicional de profundo cariz religioso perdeu grande parte da sua importância, em particular nos grandes centros urbanos. Hoje, ao contrário dos meus tempos de meninice, é vista como um pequeno período de merecidas férias, uma pausa para recarregar baterias desgastadas por um quotidiano cada vez mais frenético e exigente.

Não tenho uma memória muito segura, mas julgo que os jogos no fim-de-semana de Páscoa são relativamente recentes, talvez do final dos anos 80. Nos últimos anos ficou instituído como o fim-de-semana da Taça da Liga, no que me parece uma boa medida de promoção de uma competição que se tem vindo a consolidar, pese o desdém a que é sujeita pelos que ficam impossibilitados de a disputar até ao fim. Não foi esse até agora o comportamento do Sporting, que perdeu até as 2 primeiras finais por uma unha negra. Ou, melhor dito, uma por penaltys outra por um apito negro.

Assisti sem grande atenção à final deste ano mas a suficiente para concluir que em Paços de Ferreira está a crescer um grande treinador que muito estranharei se continuar por lá na próxima época. Seguindo um percurso de subida sustentada, julgo que Rui Vitória está já preparado para um SCBraga ou um Vitória.

Do resultado da final e sobre as pálidas comemorações dos vencedores, e até dos momentos que a antecederam, ficou também um enorme branqueamento dos jornais de Lisboa da especialidade, pelo menos nas suas versões online. Fosse o Sporting e os seus adeptos os protagonistas do atraso do autocarro vermelho na hora da partida para Coimbra, fossem os adeptos a assobiar a equipa após a conquista do troféu e no regresso a Lisboa e como seriam as primeiras ontem e hoje do Record e da Bola? Não é que o assunto até me interesse muito, mas não deixo de constatar que as coisas estão tremidas para aqueles lados que não seria de surpreender que, ou eliminam o ScBraga na "Óroliga" ou a GNR e a PSP vão ter que monitorizar todos os viadutos da A3 e A1 quando o SLB fizer a viagem de Braga para Lisboa, após a segunda mão e apenas por causa dos adeptos benfiquistas...

Para nós ficou uma Páscoa sem competição no futebol mas com as modalidades a trazerem o nome do Sporting aos títulos, mesmo que tímidos, dos jornais. Aproveitando também o período para descanso e alguma reflexão dei comigo a desejar que o Sporting saia da Páscoa onde há algum tempo se encontra. Daquela Páscoa que associamos à crucificação, ao julgar apressado, ao lavar das mãos das responsabilidades, ao carregar de cruzes demasiado pesadas, das traições por 30 dinheiros, das flagelações, da excessiva conflitualidade interna. Felizmente o Sporting não morreu, está bem vivo, pelo que não precisa de ressuscitar. Mas parece-me incontestável ser necessário um tempo novo, em que o Sporting concentre as suas forças na luta contra as dificuldades impostas pelos adversários e não as perca por via das auto-flagelações. Chega de Páscoas!

P.S- Fica para esta semana a análise do se vem dizendo sobre os reforços e dispensas. Mas não posso desde já deixar de lamentar que possa ser verdade o afastamento de Vítor Silvestre do treino de guarda-redes do plantel principal. A evolução de Rui Patrício no último ano certamente que também a ele se deve pelo que GL, ou mais concretamente Luís Duque, deviam limitar-se a corrigir o que está mal, o que, convenhamos, já lhes dará muito que fazer. A noticia é ainda mais estranha até porque, ao contrário do que vincula o Jogo , Nélson não se especializou no treino mas sim em markting desportivo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Parabéns João e Joana!

Os atletas do Sporting João Pina e Joana Ramos estão de parabéns ao se sagrarem respectivamente campeão e  vice-campeã nas suas categorias no campeonato europeu de judo. Saliência natural para a renovação do título por parte de João Pina, prova da enorme categoria e prémio merecido para um atleta que tem sabido lutar contra a adversidade.

Parabéns por isso também aos que lutam por um Sporting ecléctico. Em frente Sporting, diria o Hugo!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Taça, o autocarro e a identidade

O Real Madrid viveu ontem o seu “momento Sporting”: ao fim de 18 anos matou o borrego da Taça do Rei. Não deve haver clube grande que não tenha sido já sujeito à dura prova de uma travessia do deserto, saber superar esses momentos sem perder a identidade é talvez tarefa mais difícil do que voltar simplesmente a ganhar, seja de que forma for.




Mourinho conseguiu ontem o que treinadores a fio falharam de forma rotunda - já tinha também superado o trauma da Champions - mas mesmo assim não está livre das críticas. As mais sonoras foram as de Di Stéfano, o que não deve ser tido como um acaso. O mítico argentino é a figura maior de um Real Madrid que saiu do anonimato para se tornar um dos maiores clubes do mundo, pelo que lhe deve custar ver o seu Real jogar com o Barcelona como o faziam a generalidade das equipas que então, aterrorizadas, se cruzavam no seu caminho.


A taça já ninguém a poderá tirar ao Real mas acabou por ficar ofuscada pelo autocarro, não o que se deslocou à Cibeles e a trucidou, mas o que o Real Madrid acabou por ter que se socorrer na segunda parte para impedir o famoso tika-taka catalão de chegar à sua baliza. O Barça desta vez não ganhou mas a forma como o Real Madrid se lhe opôs não deixa de ser uma homenagem ao futuro campeão espanhol. Talvez hoje Di Stéfano já não dissesse hoje o mesmo porque o Real ganhou, mas ter-se-á contorcido várias vezes nos seu cadeirão ao ver o seu Real remetido no último quarto do relvado de Mestalla, como faz o Levante ou o Mérida no Santiago Barnabéu.


Já ouvi dizer que o futebol do Barça é monótono. E de facto assim é, não pela baixa qualidade, mas pela forma avassaladora como domina e por vezes abalroa os seus adversários, fazendo do resultado final uma incógnita apenas nos números finais com que arrecadará a vitória. E é também fastidioso ver o Barça jogar porque os adversários não fazem mais do que remeter-se à defesa e esperar que o relógio corra para o minuto noventa. O Barça ontem não ganhou mas advinha-se que vai voltar às vitórias a qualquer momento. É essa a consolação para os seus adeptos.

É esse o grande mérito de Mourinho. Tal como no ano passado com o Inter, é o único que parece ser actualmente capaz de travar o actual Barça. E também me parece que, depois dos embaraçosos 5-0 da primeira volta, já terá conseguido diminuir a distância que o separava do futebol de Nou Camp.

Não termino sem lembrar que ontem, nos dois jogos tão mediatizados, 5 jogadores (Beto, Varela, Carlos Martins, Moutinho e Ronaldo) saíram das escolas do Sporting a que acrescerão mais 5 (Hugo Viana, Custódio, Miguel Garcia, Emídio Rafael, Nani) saídos da formação do Sporting e que estarão envolvidos nas meias-finais das competições da UEFA. 

Que Ronaldo e Nani não joguem hoje no Sporting não será objecto de estranheza para ninguém. Mas é-o com certeza que os outros jogadores deste lote de 10 sirvam os nossos adversários, tendo, na sua maioria, e pelas mais diversas razões, saído pela porta pequena, para na próxima semana andarem nos "halls of fame" da europa futebolistica. E é bom lembrar que o que se dizia desses jogadores quando estavam no Sporting é mais ou menos o mesmo que hoje se diz de alguns que, ainda por cá, estão na fase inicial das suas carreiras...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quando uma baliza fechada pode abrir uma porta

Este post nasceu no passado domingo nas bancadas do estádio do dragão, no preciso momento em que Valdés quase me provocava uma síncope na jogada em que, ao se isolar, parecia correr para trás ao lado de Sereno. Falhou assim o 2-2 e a escrita de uma história diferente, quem sabe mais feliz para nós. A mesma falta de intensidade e nervo do chileno tinha ditado já o segundo golo de Falcão, numa jogada em que o veterano jogador se comportou como um menino, tanta foi a ingenuidade.

É já quase inútil perguntar o que seria se fosse Yanick, a prestar-se a erros daqueles. Se Pereirinha fosse tão inconsequente e acéfalo como Vuk. Ou que se diria se André Marques andasse a dar casas como o Evaldo no primeiro golo de Falcão, ou Carriço (numa época nitidamente abaixo do que é capaz) fosse tão tenrinho como Torsiglieri.  Ou se Adrien fosse de uma utilidade nula como é geralmente Zapater ou tivesse paragens cerebrais idênticas à de Maniche no jogo com o Guimarães.

Pode até ser que eles – os jogadores da formação – sejam ainda tudo isso, na actual fase das suas carreiras, mas além de poderem ainda evoluir – o que dificilmente acontecerá com os seus concorrentes – e significar mais-valias, seriam consideravelmente mais baratos.

E há medida que Patrício ia construindo a melhor exibição de que me lembro de leão ao peito, ia-me perguntando se, com a baliza assim fechada não estaria a abrir uma porta a alguns de companheiros de percurso que não tiveram ainda a sorte de uma aposta tão firme como a que lhe foi proporcionada. A suficiente para, tal como ele, deixar de ser um nome maldito, mesmo que não cheguem a merecer os cânticos que hoje se dedicam ao dono da camisola um.

O Sporting tem nos últimos anos oferecido o melhor dos seus recursos, em passes e vencimentos, a jogadores que compra para serem protagonistas mas que não passam de figurantes. Vai-se em busca de maturidade e experiência mas o resultado, salvo poucas excepções, só se vêm do lado do passivo. No tempo de Paulo Bento havia um lote de jogadores saídos de Alcochete que, pela sua qualidade, foram fazendo o lugar destinado às prima-donas, enquanto estas, do banco, os viam jogar. Esse lugar, o de segunda linha, devia estar reservado a quem tem que crescer e, por via disso, fazer aparições progressivas em vez carregar aos ombros a responsabilidade e a esperança. Nesta última época a falta que nos fez um lote de valor semelhante!

Sei que tudo isto já foi dito aqui vezes sem conta. Sei até quem o faça melhor do que eu. Mas, quando nos preparamos para encarar com a esperança e a perseverança que nos caracteriza uma nova época, e olhando para o exemplo materializado em Patrício, não é demais lembrar que os miúdos precisam de nossa paciência para crescerem e assim crescermos com eles. As facturas das nossas frustrações deviam ter outros códigos postais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Lágrimas de crocodilo pela testa acima...

Sob o pretexto de que "tal poderia colocar em causa o futuro do Sporting, com evidentes prejuízos para o clube" Bruno de Carvalho desiste de impugnar as eleições do Sporting às quais foi candidato no passado dia 26 de Março. Esta decisão é a esperada face ao indeferimento da providência cautelar apresentada mas merece-me três perguntas: 

Onde estavam os cuidados com os interesses do Sporting quando se intentou a providência cautelar? 

E se esta tivesse sido deferida, com as consequências imediatas sabidas - regresso da administração anterior às eleições, paralisação do clube "sine dia" - e as que se viriam a apurar, Bruno de Carvalho estaria ainda assim preocupado com os interesses do clube?

Que danos foram causados à imagem do clube e que esta desistência não conseguirá apagar?

Não obstante tudo isto, congratulo-me que o bom-senso tenha finalmente imperado e que todos saibamos tirar as devidas lições. E para que nada disto tenha sido urge corrigir as falhas aos mais diversos níveis, que foram óbvias, para que não tenhamos que voltar a passar pelo mesmo.

Quanto a Bruno de Carvalho certamente saberá escolher o seu caminho, o futuro será aquele que ele souber e quiser construir.

Ainda assim o Sporting parece incomodar...

Dizia eu no post anterior que é fácil bater no Sporting. Alguns além de pensarem assim ainda acham que enxovalhar o Sporting até pode ser engraçado. E fazem-no com tanta ânsia que até se esquecem do rigor a que estão obrigados. Veja-se o exemplo do Record: no mesmo dia, e logo a seguir ao empate do Braga na Madeira em 2 ocasiões distintas dão quase como facto consumado a perda do 3º lugar, no final do campeonato, para o clube do Minho. Acontece que estar a um ponto ou dois de diferença é basicamente  o mesmo, se se tiver em conta que na jornada final as duas equipas se vão encontrar em Braga. Por isso é completamente irrelevante estar a um ou a dois pontos uma vez que o Sporting está, em qualquer dos casos, obrigado a derrotar os minhotos se os quiser ultrapassar na tabela classificativa. Se, face aos resultados das jornada, alguém perdeu a possibilidade de dar um passo definitivo pela conquista do 3º lugar foi o Braga. Isto é mais fácil de perceber que uma sondagem à boca das urnas...

Veja-se então o que diz o texto do Luis Pedro Sousa  " O Sporting ficou com muito poucas possibilidades de chegar ao 3.º lugar" e o cartoon "o Sporting já não depende de si próprio para chegar ao 3º lugar". O que mudou após esta jornada para o Sporting merecer assim tanta atenção?

Pessoalmente partilho da opinião dos ingleses que acham que o melhor sentido de humor está na capacidade de nos rirmos de nós mesmos. Mas este tipo cartoons e de análises dão-me pena. De quem os produz, claro. Pelos vistos parece que no dia em que o Sporting volte a ser campeão há quem vá sofrer muito mais do que nós sofremos estes anos todos...

P.S.- Já depois de editado o post recebemos este press-release da A.A.S. que partilhamos:

segunda-feira, 18 de abril de 2011

É fácil bater (n)o Sporting

É fácil bater no Sporting
O Sporting ter perdido ontem no Porto não é propriamente uma surpresa mas esta até podia ter chegado a metade, caso o árbitro não fosse selectivamente míope. Não vale a pena escalpelizar os lances e fazer deste espaço um esgoto parecido com a coluna do “Jogo”. Basta apenas constatar que o árbitro quando se “enganou” enganou-se sempre contra o Sporting para dizer tudo sobre o Soares Dias. A miopia selectiva, se um dia for objecto de estudo, tem nas actuações deste senhor razões mais que válidas acreditar que a doença pode ser de  transmissão  ser genética. E não deixa de ser estranho que um dos “Sportingues” mais frágeis dos últimos tempos tenha que ser  prejudicado para o campeão poder continuar a sua saga de vitórias. Mas no futebol português nada do que parece é e, neste momento é mais do que legitimo interrogarmo-nos se este serviço dos homens a Dias foi um acto religioso: compraram-se as indulgências do papa ajudando simultaneamente o amigo Salvador.


É fácil bater o Sporting
Mas a actuação do árbitro não é razão para não olharmos para a sucessão de erros que caracteriza a época em curso, para o colapso do departamento de futebol,  e cujas as consequências se estenderão pelo menos à próxima época. Torsiglieri, Evaldo Zapater e Valdés, dados como reforços no inicio de época não passam de 2ª´s linhas (demasiado onerosos os 2 últimos, seguramente), mesmo considerando que todos os jogadores do plantel estão em sub-rendimento. O lado esquerdo da nossa defesa ontem, como em jogos anteriores, foi de uma fragilidade confrangedora, permitindo a Falcão ensaiar em jogadas consecutivas a melhor forma de marcar golos. No meio-campo Zapater faz de André Santos um gigante. Valdés é de uma inconsequência e fragilidade perturbadoras. E colectivamente uma equipa que não sabe procurar a bola, quando a tem não sabe o que fazer com ela é uma equipa exposta à sorte e ao adversário que, diga-se, ontem estava perfeitamente ao alcance desta mesma equipa se esta fosse minimamente competente.

Esperança e realismo
Quero olhar com esperança para a próxima época, até porque parece ser difícil ser pior do que esta, mas isso já se dizia o ano passado. Mas também olho com realismo e vejo como óbvio que o Sporting partirá mais uma vez de um nível muito próximo do zero absoluto. É urgente (des)revolucionar o Sporting. Mas o Sporting precisará de pelo menos mais uma pequena revolução no plantel e de se reencontrar com aquilo que nós orgulhávamos de chamar “futebol à Sporting” e que nas últimas 4 épocas foi paulatinamente demolido, descaracterizando-nos. O futebol do Sporting não tem alma nem chama e aí os jogadores, mesmo os piores, estão longe ser os culpados.

Fácil bater nos Sportinguistas
Mais uma vez ontem a bancada destinada aos Sportinguistas foi alvo de uma carga policial. Do local onde me encontrava não me apercebi das razões que a motivaram, mas não ficaria surpreso que tivessem tido origem em picardias entre as nossas claques e os adeptos portistas. Se os responsáveis pelo policiamento do jogo não estivessem ao nível ou até abaixo do comportamento das claques, a carga policial deveria ter sido feita nos camarotes do FCP, onde estavam os responsáveis pela organização do jogo, e que, na ânsia de encher as bancadas, optaram pela irresponsabilidade de colocar os adeptos de ambos os clubes em proximidade pouco cautelosa.O que tem a Liga a dizer sobre isto?

É fácil os sportinguistas baterem-se
Mas o mais confrangedor foi constatar novamente o processo de desagregação daquela que é considerada a maior claque do Sporting e, convém lembrar, a precursora nacional do seu género de organização. Grande parte dos jogos, como o de ontem, são passados à procura de um pretexto que permita o exercício da violência mas, pasme-se, entre elementos da mesma claque, obrigando à intervenção quase sempre negligente da policia (não confundir com carga policial de que falei anteriormente). Ora nos jogos fora os restantes adeptos não têm outra opção senão conviver com este tipo de gente e, em consequência assistir aos jogos em permanente sobressalto e com receio de dizer algo que possa ser interpretado como menos conveniente.

Isto tem custos para o clube aos mais diversos níveis. Ontem atrás de mim, estava um miúdo dos seus 7/8 anos que tinha “obrigado” os pais, que nem gostam de futebol soube-o, a acompanhá-lo. Após diversas escaramuças eles e outros nas mesmas condições foram forçados a abandonar o jogo mais cedo, ante a desilusão dos pequenos, aterrorizados e perplexos com o que sucedia poucos degraus abaixo. Provavelmente estes miúdos só voltarão a um estádio de futebol quando forem adolescentes e, provavelmente também, às escondidas dos pais, se o gosto pelo Sporting prevalecer.

Infelizmente para nós a evidência da degeneração não se limita apenas à Juve Leo. Há quem diga que o Sporting precisa de ser campeão depressa para expurgar os seus problemas, parece-me a mim que não ganharemos tão cedo enquanto não resolver os seus problemas internos. O das claques é apenas mais um.

domingo, 17 de abril de 2011

É dia de clássico




É dia de clássico. Um clássico que nada define em termos de título nacional mas ainda assim, não deixa de ser um clássico, um jogo que não se limita aos três pontos.

Espero ver um SCP entrar com a atitude certa, com vontade de ganhar, dando o seu máximo. Porque essa tem que ser a postura do SCP, entrar em cada jogo para ganhar! Se assim for, nada lhes poderá ser apontado. Se ganharem, excelente; se não que tenha sido porque o seu adversário foi superior.

Estando a fazer uma época ainda pior que a anterior, que deveria ter sido impossível bater pela negativa, encontramo-nos novamente limitados a alcançar os "serviços mínimos" e mesmo esses estão em risco.
Enquanto nós nos deslocamos ao Dragão para defrontar o novo campeão nacional, o Sp. Braga vai à Choupana enfrentar um Nacional bem mais fraco que o dos últimos anos. Em caso de vitória arsenalista na Madeira e derrota no Dragão, deixamos de depender de nós para alcançarmos o terceiro lugar.

Motivação para este jogo não faltará e passo a nomear alguns:

  1. É o SCP que entra em campo e isso é o mesmo que dizer a maior potência desportiva nacional;
  2. É um clássico e por isso NÃO é um jogo como os outros;
  3. Infligir a primeira derrota e impedir que se sagrem invictos;
  4. Ganhar na casa de um rival

Para este jogo não faria modificações à equipa que derrotou a Académica e entraria com:

RP, Abel, Polga, Torsi, Evaldo, Zapatero, André Santos, Matías, Vuk, Djaló e Postiga.

E se o regresso do Izmailov for coroado com uma vitória e um golo seu, ainda melhor!

SCP SEMPRE!!!

sábado, 16 de abril de 2011

A Providência foi mesmo cautelar

Abstive-me de comentar a noticia ontem publicada no Correio da Manhã e replicada mais tarde no Público sobre a providência cautelar interposta por Bruno de Carvalho após o acto eleitoral. E fi-lo porque a noticia principal - o Público nada adianta de novo ao que o CM havia dito - do seu conteúdo à forma estavam longe de me merecer credibilidade. Mas as declarações feitas à Lusa pelo ex-candidato permitem perceber que o desfecho daquele expediente legal lhe foi desfavorável. 

A ser confirmado o indeferimento não deixa de ser curioso que também agora BdC, e à semelhança do que aconteceu com a votação do pretérito dia 26 de Março, venha levantar suspeições sobre a actuação do juiz que terá sido responsável pela decisão que também lhe foi desfavorável: ""Como é que o Juiz pode saber se houve ou não irregularidades se não se deu ao trabalho de verificar as provas que estão fechadas e lacradas num gabinete em Alvalade, à guarda da polícia?". Ora isto permite-me 3 comentários: (i) ou BdC está muito mal assessorado e o seu advogado não lhe explicou o que é uma providência cautelar e o que estava em jogo, (ii) ou BdC sabe que a sua estratégia só prevalecerá mantendo a suspeita em ebulição e (iii) para BdC só as decisões que lhe são favoráveis é que são justas.

Da minha parte concluo que a Providência desta vez foi mesmo cautelar com o Sporting. Não a entreposta por BdC, mas a Divina, ao não permitir que fosse para a frente o que aquele pretendia quando avançou para tribunal e segundo palavras do próprio " A Providência Cautelar (...) a ser deferida, os novos orgãos sociais deixam de estar empossados voltando a ficar no Clube os orgãos sociais antigos. A partir dai terá de se esperar pelo processo principal de Impugnação para voltar a haver eleições."   

Terá sido também a Divina Providência que terá afastado este irresponsável do cargo de presidente do Sporting por escassos 360 votos. Ou 370 porque até agora, a única irregularidade provada e testemunhada terá sido cometida por uma apoiante sua ao usar 10 votos a que não tinha direito.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Na festa do futebol português faz falta o Sporting!

O futebol português está em alta. Nos anos anteriores a exposição mediática vinha por via indirecta, por via dos feitos individuais de Mourinho e Ronaldo, cada um na sua função considerados os melhores do mundo. Este ano, com 3 equipas nas meias-finais da Liga Europa, o feito é também colectivo, acrescido da consagração do treinador português: dos 8 treinadores nas meias-finais das competições europeias, metade são portugueses! Se esse é um mérito que deve ser realçado e celebrado convém também não esquecer que este é o mesmo futebol que há anos se contorce para aprovar os estatutos da FPF, dos ordenados em atraso, das pedras que caem dos viadutos, dos Olegários e Lucílios. Se o nosso futebol é o que é podia ser seguramente muito melhor. Parabéns ao Braga, ao Benfica e ao Porto.

O sucesso destes clubes passa muito pela competência dos seus técnicos e deve também ser tributado a quem teve a responsabilidade da escolha. Não deixa de ser curioso que este quarteto tem alguma ligação, mesmo que remota, ao Sporting. Mourinho foi profissional no Sporting ao tempo de Bobby Robson e foi “nosso” treinador por umas horas. Villas Boas terá mesmo sido contratado, sendo substituído por Paulo Sérgio, num erro histórico de consequências que se sabem e outras que nunca poderão ser quantificadas. Jesus, diz a lenda, é sportinguista e que estava de prevenção até ouvir o fatídico “Paulo Bento forever”, para de seguida assinar pelo SLB. Domingos é dado como certo mas carece de confirmação.

Sem querer diminuir o trabalho notável de AVB, e independentemente do que venha a ser o futuro, seja  no Sporting ou noutro lado, Domingos é a grande surpresa e o grande vencedor neste lote. Por lutar com meios muito mais limitados que os outros dois clubes e mesmo assim ter conseguido arrumar ou “simplesmente” derrotar colossos como Sevilha, Liverpool, Arsenal, Dínamo Kiev. O jogo de ontem foi a confirmação que  Domingos, além dos predicados técnicos possa ter ou não, é um líder. A eliminatória foi conseguida não só porque Domingos soube anular o melhor do Dínamo, soube superar as contrariedades sem lamechices – 13 jogadores disponíveis, defesa reconstruída, 1 hora a jogar em inferioridade – e soube ter sorte. Ficou a ideia que se Domingos pedisse aos seu jogadores para jogarem a meia-final imediatamente a seguir eles o fariam.

Obviamente que custa ver o Sporting fora deste lote mas convém lembrar que em 2005 estávamos nós sozinhos na final. Mas é bom que percebamos que o Sporting não precisa apenas de melhorar o seu plantel. É importante ter uma boa equipa, ter um bom treinador,  um bom departamento de futebol, que tudo isto seja suportado por dirigentes competentes. Mas esta equação nunca estará completamente resolvida sem a participação dos adeptos. O Sporting no seu todo precisa de ser um clube melhor do que tem sido nos últimos anos para que os seus resultados possam também ser melhores. Nós precisamos de um Sporting melhor e creio que o futebol português também! Façamos por isso.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quanto vale Patrício?

Muito se tem falado na possibilidade de Rui Patrício poder vir a ser transferido no final da temporada.  E quando essa hipótese é colocada em cima da mesa as opiniões dividem-se. Uns acham que não deve sair este ano,  outros vêem com bons olhos essa possibilidade, mas nunca por valores inferiores à da cláusula de rescisão, que são uns módicos 20 milhões.  Há também quem aceite a negociação desses valores, lote esse onde me incluo, por razões que explicarei adiante. Entretanto os que achavam que Patrício “dado já era caro”  e que se faziam ouvir ou pelo numero ou pelo ruído ainda há pouco tempo parecem ter desaparecido ou estão a aguardar pela próxima escorregadela para voltar à carga.
Na minha opinião não me parece razoável esperar que apreça alguém a bater a cláusula de rescisão. Há na Europa guarda-redes de valor superior – assim de repente lembro-me de Maarten Stekelenburg do AJax ou de Manuel Neuer – com outro estatuto e numa fase mais evoluída da carreira, ou até com outra visibilidade e igualmente promissores – De Gea, Loris – que estão uns degraus acima de Patrício e poderão ser adquiridos por valores inferiores. E para conferir algum realismo ao debate que se pode seguir, deixo a lista dos guarda-redes mais caros de sempre,  para perceber onde poderia o nosso guarda-redes ser encaixado:

1.Gianluigi Buffon (de Parma para Juventus em 2001) por 37 milhões de euros

2.Angelo Peruzzi (de Inter para a Lázio em 2000) por 18 milhões

3.Franscesco Toldo (de Fiorentina para o Inter em 2001) por 16 milhões

4.Craig Gordon (de Hearts para Sunderland em 2007) por 10 milhões

5.Fabian Barthez (de Mónaco para o Man. United em 2000) por 9,5 milhões

6.Gianluca Pagliuca (de Sampdória para o Inter em 1994) por 9,2 milhões

7.Heurelho Gomes (de PSV Eindhoven para o Tottenham em 2008) por 9 milhões

8.Petr Cech (de Rennes para o Chelsea em 2004) por 8,5 milhões

Roberto Jimenez (de At. Madrid para o Benfica em 2010) por 8,5 milhões

Hugo Lloris (de Nice para Ol. Lyon em 2008) por 8,5 milhões

Van der Sar (de Juventus para o Fulham em 2001) por 8,5 milhões

Há dias o PLF abordou também este assunto na BN e trouxe há discussão algo que me parece essencial ter presente: os adeptos não podem passar do Franguicio à exigência dos 20 milhões. Nem o Patricio evoluiu  de forma tão meteórica nem é tão mau como  o viam. Por outro lado o Sporting tem necessidade de dinheiro para renovar o seu plantel e, mais uma vez, para lá dos jogadores da formação, o clube não foi capaz de valorizar outros activos de forma a despertar o interesse do mercado. 
 
No meu entender havendo propostas que seduzam os jogadores e tenham valor razoável para o clube – no caso do Patricio um valor acima de 5 milhões é razoável – devem ser aproveitadas. Aprender com o sucedido com Moutinho – de 17 milhões foi por 11 e para onde foi – ou Veloso – com o desconto do Zapater deve ter ficado pelos 6,5 milhões quando houve propostas de 15 milhões – é prevenir os problemas. Exemplos não faltam, e em todos os clubes, que o pior que pode acontecer é ter um jogador no plantel a olhar para ontem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

AVB no Liverpool pode ser um novo psicodrama no Sporting?

O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, tem um pré-acordo com o Liverpool para orientar a equipa de Raul Meireles na próxima temporada, noticia esta quarta-feira o jornal italiano Gazzetta dello Sport.

Segundo o jornal, o técnico que levou os dragões ao título disse a um empresário próximo da AS Roma, outro dos clubes que estava interessado no seu concurso, que não podia aceitar o convite porque já tinha um pré-acordo com o emblema inglês.

Com apenas 33 anos, Villas-Boas é visto como um dos treinadores mais desejados na Europa, tendo-se falado do interesse de diversas equipas, nomeadamente do Inter.

De acordo com o jornal, José Mourinho terá aconselhado o seu antigo pupilo a não ir já para Itália, considerando que a Premier League seria mais favorável.

Leitura da entrevista de Godinho Lopes ao DN

Renegociar com os bancos, encontrar parceiros fora da Banca e rentabilizar o património do Clube, mesmo aquele que já foi vendido.

O dossier mais pesado deve estar, pela urgência, na renegociação do empréstimo obrigacionista de 20 milhões de euros, que ninguém se parece lembrar, mas que caduca este ano e afigura-se difícil quer de renegociar quer de renovar na actual conjuntura económica.

O dossier VMOC´s, que finalmente está claro como a água que compromete a maioria do capital da SAD, tem alguns anos para impor as suas consequências, mas também me parece que seria melhor tentar prevenir já – este já quer dizer depois de preparada a nova época e “digeridos” outros dossiers – para não ter que remediar depois.

Encontrar parceiros fora do arco bancário é fundamental pelo que seria útil ouvir Braz da Silva, Bruno de Carvalho e Pedro Baltazar, caso estes assim se disponham. A revitalização do espaço há volta de Alvalade, mesmo do património que já foi vendido é uma boa medida, em particular o Alvaláxia. O espaço antes ocupado pelo velhinho Alvalade também podia receber um facelift, enquanto aguarda urbanização.

Não podemos olhar só para o lado do passivo e da Banca, temos de olhar também para os sócios, um Clube sem sócios não funciona e por isso temos de melhorar a nossa relação com eles. E para isso é necessário investir numa equipa ganhadora, com bons resultados, que os faça voltar... é um ciclo vicioso. É nossa obrigação tentar chegar aos 123 000 sócios da Era João Rocha.

Era este um dos principais problemas diagnosticados há muito tempo, ouvir isto da boca do presidente não pode deixar de ser considerado um bom principio que deve, obviamente, ser complementado quer pela prática dos dirigentes quer pela pro-actividade dos Sportinguistas. Os 123 000 sócios, quando se fala nos actuais 30 000 pagantes parece-me ambicioso demais no curto prazo. Metas mais realistas mas devidamente escalonadas no tempo fazem mais sentido.

Potenciando o património do Clube e fazendo parcerias na compra dos passes de jogadores e na reactivação do Fundo de 15M € que estava cancelado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e fazendo acordos para o investimento na compra de novos passes, com parceiros e fundos já existentes.(…) Um fundo novo faz sentido dentro de 2/3 anos. Temos de comprar jogadores e colocá-los numa montra, nacional e internacional, e valorizá-los para depois fazer mais-valias na venda. Não vamos vender jogadores à pressa para resolver o problema de tesouraria do Sporting, assim nunca construiremos uma equipa candidata ao título.(…)

No fundo isto é o que já fazem o FCP e o SLB e que o Sporting não tem conseguido fazer, acima de tudo porque, do ponto de vista desportivo, não se tem “oferecido” como parceiro fiável nem tem sido competente nas decisões.

Reactivar o novo fundo de 15 milhões é uma medida de recurso e a constituição de um novo, com um plantel que se estima mais valioso – isto é, com jogadores capazes de prometer valorização e logo mais-valias, e não jogadores maioritariamente em fim de carreira – parece-me uma medida acertada. O Sporting não vai corrigir nos 3 meses que faltam para o inicio de época a imensidão de erros que se cometeram em particular nos últimos 2 anos. À pressa já vendemos Moutinho, Liedson, Veloso, 50% de Dier e Tobias, etc.

O relvado não muda.

Obviamente. Tal como aqui ficou claro "Relvado superlativo absoluto analitico e natural", a relva natural em Alvalade é perfeitamente possível. Tal como uma boa equipa de futebol e um estádio cheio é uma questão de competência.

As cadeiras verdes é um  fait divers, eu quero é encher o estádio. O nosso objectivo é voltar a vender gamebox na ordem dos 34 000. Estou mais preocupado em investir na equipa de futebol. Se os concertos deixarem de ser uma opção, pois só rendem cerca de 125 000€ cada e não compensa, podemos, sim, pensar em fechar o túnel, mas temos de ver se é prioritário. E neste momento a prioridade é o investimento no futebol.

É quase “lapalissiano”. As cadeiras estão longe de ser prioritárias, como dizia o LMGM, se estiverem ocupadas ninguém sabe de que cores são. 125.000€ seria uma receita interessante (inclui a mudança do relvado?) mas pouco significativa, tendo em conta os problemas que projectam no relvado. E o fosso é de facto inestético mas está longe de ser uma prioridade o seu fecho. E não se me afigura que no imediato o Sporting consiga o acordo com o projectista, o que requererá ou indemnização ou pagamento de serviços. Tomás Taveira já nos esmifrou o  suficiente.

Só queria falar do pavilhão depois de conseguir a verba necessária. Interessa-nos o financiamento total, depois olhamos para o projecto e pensamos na execução. O valor global, já com a recuperação do multiusos, anda na ordem dos 12/13M €. Estamos a falar com a CGD, em duas semanas espero já ter essa garantia.

O financiamento total seria ouro sobre verde, mas que o hóquei patins de Gilberto Borges não seja esquecido ou que se arranje uma alternativa mais próxima quer do ponto de vista físico quer do ponto de vista afectivo. A construção do pavilhão é crucial na recuperação da mística do clube.

(A providência cautelar) condiciona.

Pois claro que condiciona. Ela foi colocada para condicionar e pode até “aleijar” o Sporting. Já o tinha dito aqui várias vezes. Atente-se no que disse BdC aos seus apoiantes:

"A Providência como acto primário é muito difícil que seja aceite. Não porque não houve gravissimas irregularidades e viciação dos resultados mas o que na lei se chama "prejuízos decorrentes da decisão". Isto é, apesar de haver indícios de irregularidades, como a providencia não resulta em novas eleições ou na definição de um novo vencedor (porque por lei não tem esse papel) existe forte possibilidade de ser indeferida, mas a decisão é do tribunal.

A Providência Cautelar apenas serve para anular a deliberação da Assembleia Eleitoral de dia 26 de Março de 2011 e não para impugnação das eleições. A ser deferida os novos orgãos sociais deixam de estar empossados voltando a ficar no Clube os orgãos sociais antigos. A partir dai terá de se esperar pelo processo principal de Impugnação para voltar a haver eleições.

Estranho é que tendo consciência disto mesmo assim se interpôs a providência cautelar. E mais estranho é que ninguém, em particular os apoiantes desta medida, que não é a mesma coisa que dizer os que votaram em Bruno de Carvalho nada digam ou se atrevam a gritar aos 4 ventos “O Sporting somos nós!”.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Apoie o Sporting no Porto na próxima jornada

Caro(a) Sportinguista,

Por ocasião do jogo FC Porto – Sporting, no dia 17 de Abril, domingo, o Solar do Norte tem o prazer de o convidar para um convívio nas nossas instalações, a partir das 17h30, no qual estará o Presidente Eng. Godinho Lopes e outros elementos da direcção do Sporting Clube de Portugal. Será uma ocasião única para toda a família sportinguista do Norte conviver antes da partida com o FC Porto.

Para quem quiser assistir ao jogo no Estádio do Dragão, os bilhetes custam 22 euros e poderão ser reservados preenchendo o formulário disponível em http://www.solardonorte.org
 e pagos até ao dia 13, quarta-feira, para o NIB do Solar do Norte: 0010-0000-22922550001-68. Para quem prefira não ir, o Solar do Norte terá as suas instalações abertas para, como sempre, proporcionar um ambiente familiar e fervoroso a todos os Sportinguistas.
O levantamento dos bilhetes será no próprio dia do jogo a partir das 17h30 e é necessário levar o talão comprovativo do depósito/transferência bancária para a conta do Solar do Norte.

Relembramos a importância de todos se fazerem sócios desta Delegação oficial do Clube e de regularizarem as suas quotas, que têm um valor simbólico de 2,50 euros por mês. O Sporting Clube de Portugal e os seus Núcleos, Filiais e Delegações são de todos nós!

Saudações Leoninas
Delegação Solar do Norte do Sporting Clube de Portugal - 20 anos a fomentar o Sportinguismo

Em alto mar

"Se não se sabe para que porto se navega, nenhum vento é favorável" (Séneca)

Por muito que este nosso mundo tecnológico, resultadista e pragmaticista o tente desmentir, as ciências sociais e humanas ainda são fundamentais. As humanidades permitem-nos aperceber de realidades latentes na sociedade e, a partir dessa compreensão, estimulam o desenvolvimento dessa mesma sociedade, fomentando a imaginação e a criatividade que, subsequentemente, desenvolvem ideias como respeito pela diferença, participação na acção colectiva, vontade em fazer melhor. Uma sociedade autoconsciente é, em princípio, uma sociedade melhor.

Transpondo esta realidade para níveis micro, a lógica mantém-se. Na sociedade em que nós, leitores deste blog, nos inserimos, a sociedade Sporting, o mesmo se passa: conhecer o Clube e as suas dinâmicas sociais é fundamental para superarmos os nossos problemas. E se muitos destes problemas são de natureza tangível, quantificável, outros não o são - ou são-no apenas indirectamente. Aquilo que defendo é que a solução para os problemas do Sporting reside muito mais em questões de natureza abstracta do que na realidade dos números. Entre aquelas, refiro-me, sobretudo, a duas: identidade e liderança.

Ao longo dos últimos anos (cada um escolha o intervalo de tempo que quiser), a maior parte dos erros do Sporting passou por más decisões que resultam da falta de uma liderança forte e/ou que afectam a nossa identidade. Os exemplos destes erros, largas dezenas, são facílimos de encontrar, e encontram-se presentes na mente de todos os sportinguistas. Apesar de terem gravidades e dimensões diferentes, todos juntos contribuem para quatro resultados negativos:

1) - falta de mobilização colectiva; 2) - diminuição dos níveis de exigência e, consequentemente, de competitividade; 3) - desresponsabilização; 4) - diminuição do "poder negocial", da força do Clube (e da respectiva marca) quando numa situação de negociação, seja direitos de transmissão televisivos, publicidade, passes de jogadores ou a calendarização dos jogos. 

Se o diagnóstico for este, como defendo, a solução passa pelo reforço das duas debilidades que o Sporting tem apresentado. Com uma liderança forte, alicerçada em valores que constituem o ADN Sporting, será possível incrementar a nossa força. Não será possivel, de um momento, reduzir o passivo para metade nem ganhar todos os jogos, mas a verdade é que não é disso que trata. Por estes dias, por estes anos, os problemas do Sporting vão muito mais longe do que isso. São problemas identitários, fundacionais, e não podem nunca ficar em segundo plano numa estratégia que vise corrigir, de cima a baixo, o que tem estado mal.

Como referia Séneca há dois milénios atrás na citação que transcrevi acima, a ausência de rumo e de estratégia torna-nos débeis, ineficazes, incapazes de cumprir uma missão. A falta de orientação faz-nos falhar sucessivamente. Quantos jogos perdeu o Sporting nos descontos, este ano? Quantas vezes não chegou ao porto, mesmo com ventos favoráveis? Quantas vezes ouvimos "Agora há que levantar a cabeça e pensar no próximo jogo"? Enquanto a nossa mentalidade não mudar, não há craque ou "unha do leão" que nos valha. Enquanto a mentalidade não mudar, nada irá mudar no jogo seguinte.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Direcção de comunicação ou leitores de comunicados?

Irene Palma
O Sporting tem uma nova directora de comunicação, Irene Palma, jornalista ligada até agora à TVI e que, se não estou em erro, terá sido uma das profissionais que terá feito a cobertura das eleições no nosso clube por parte do canal de Queluz.

Não sei se, à semelhança do que dizia ontem pelo regresso de Manuel Fernandes, poderei afirmar com certeza que estaremos mais fortes, mas é pelo menos evidente o upgrade estético. Ficaremos pelo menos mais bonitos. Mas a politica de comunicação é muito mais do que isso por isso deixo para análise o excerto de um artigo de Rui Calafate, retirado do seu blogue "It´s PR stupid!":



Quando o Sporting, há um ano, escolheu Nuno Dias para liderar a comunicação do clube disse que era um erro tal como é um enorme erro a escolha actual. Porquê?

O Sporting cai no pequenino de escolher assessores de imprensa, uns tipos porreiros para os jornalistas, mas sem qualquer visão global do que é o Sporting enquanto Clube e Marca de elevado potencial.

Um director de comunicação tem de ter outro perfil ou então escolher-se outro modelo na comunicação do clube. Um director de comunicação de um grande clube tem de ser um nome de prestígio, com experiência muito mais vasta do que apenas jornalista desportivo, tem de conhecer o mundo em que vive, conhecimentos de marketing, envolvimento com parceiros e patrocinadores, ser duro quando necessário. Dou dois exemplos e modelos para comparar.

O Benfica escolheu João Gabriel para esta área. Jornalista da SIC, com experiência na Amorim Turismo, assessor de um Presidente da República. Não gosto muito da figura, mas é competente. E dá mais nas vistas pois nem Vieira nem Jorge Jesus são comunicadores de excelência. Tem um perfil duro, sério, mesmo autoritário, dá o corpo às balas nos momentos difíceis e blindou a comunicação, que antes dele era um passador.

O Porto tem outro modelo e muito interessante. Tem um director de comunicação com experiência televisiva, o Rui Cerqueira, mas mais discreto. É apenas uma peça numa engrenagem que funciona bem e que sabe o que está a fazer. Ainda por cima Pinto da Costa e  André Villas Boas são bons na arena comunicacional.

Mas o Porto, tem também uma das mais fortes agências de comunicação, a LPM, na comunicação da sua Marca e nos momentos difíceis. Recorde-se que foi o próprio Luís Paixão Martins a estar envolvido na operação do Porto Canal, que será o veículo de transmissão, o canal Porto.

O Sporting, mais uma vez erra. Vai buscar apenas uma assessora de imprensa, que não blindará o balneário nem as relações com os jornalistas e não tem qualquer capacidade para pensar o universo Sporting e a sua Marca Por exemplo, sobre o Canal Sporting, algo que escrevi durante as eleições, o que está a ser planeado? Patrocínios e merchandising o que irá acontecer? Comunicação institucional do Presidente?

O Sporting continua a pensar pequeno e mais uma vez, na área da comunicação, arranca atrás dos seus rivais. É um mau sinal.

domingo, 10 de abril de 2011

O Sporting está mais forte!

O grande capitão está de volta e espera-se para ficar
O titulo do post, ao contrário do que se possa pensar, não tem a ver com a "expressiva" vitória de ontem sobre a Académica. Expressiva com aspas porque foi a primeira vez que esta época o Sporting consegue ganhar um jogo em Alvalade por mais do que a diferença mínima, e no que constituiu apenas a 5ª vitória do ano para a Liga. Nestes dois factos cabem muitas das explicações para a classificação e os pontos que possuímos nesta altura.

Fosse pois pelo jogo de ontem e não concluiria que o Sporting em campo está mais forte. O que há a salientar do jogo e do resultado alcançado ontem é que as individualidades continuam a valer mais do que o colectivo e isso será já difícil de anular neste campeonato. Patrício, André Santos, Matias, Postiga e Djaló lembraram que as avaliações que se fazem do actual plantel do Sporting são nitidamente em baixa. Todos eles, e mais alguns dos seus colegas de plantel, têm muito mais para oferecer quando o colectivo for maior do que apenas a parte que cada um deles representa.

A razão do título prende-se pois com o regresso, que se espera em definitivo, de Manuel Fernandes à sua casa de sempre. Sempre que o seu retorno foi abordado nos últimos tempos apontava-se-lhe o lugar de treinador, o que sempre julguei como uma má medida. O grande Manel, pelo que representa para o Sporting, não poderia, do meu ponto de vista, ser colocado numa posição à mercê de chicotadas psicológicas, da contestação pelos maus resultados, enfim em lugares de exposição e desgaste desnecessários. Mesmo sem saber ainda que lugar e funções Manuel Fernandes irá ocupar, e que na génese da decisão estarão razões mais eleitoralistas do que estratégicas, não posso deixar de manifestar o meu regozijo ao ter visto ontem o inicio de um novo ciclo na vida do grande capitão, com a sua apresentação com direito a pontapé de saída bem no centro do relvado. Mais do que merecida a ovação de que foi alvo. 

Manuel Fernandes, de todos os nomes falados na campanha eleitoral, é o único cujo estatuto de símbolo do Sporting é absolutamente incontestável!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Domingos e Salvador

Várias vezes aqui elogiei a gestão de António Salvador no Braga. Os elogios são mais do que merecidos, o actual presidente do SCBraga conseguiu retirar o clube da total “subsidiodependência”  da autarquia criando receitas mais substanciais que lhe permitissem horizontes mais ambiciosos. O SCBraga galgou uma série de degraus, prevendo-se que na próxima época a diferença entre o orçamento do clube minhoto e o do Sporting seja de apenas 5 milhões de euros. Esse ugrade está alicerçado não em consecutivos “Project Finance” obviamente, mas numa gestão desportiva diligente e pragmática. Por um lado substituiu as trocas incessantes na direcção técnica por apostas mais estáveis em treinadores em trajectos ascendentes. Por outro esteve atento não só às sobras dos mais poderosos como também ao jogadores em ascensão dos clubes de órbitas semelhantes e inferiores. É por isso surpreendente que a trajectória assertiva de Salvador seja interrompida abruptamente com a não renovação de Domingos, apesar deste quase se ter oferecido, quando se manifestou disponível para continuar. O motivo por trás da hesitação ou não decisão de Salvador parece ser Leonardo Jardim. A ser, além de jogada de risco, há um sabor a injustiça para com o ainda seu técnico, mesmo olhando a decisão pelo prisma de há 3 meses atrás.

Domingos conseguiu o ano passado um feito que não poderá ser tão cedo igualado por outro treinador em Braga. Apesar disso nem sempre viu o seu trabalho inteiramente reconhecido, tendo em conta que muitos eram os que apontavam o trabalho do seu antecessor, Jesus, como pilar do seu sucesso. Indiferente a isso Domingos punha  a equipa a jogar à sua imagem, isto é, havia muito na forma de jogar do Braga os mesmos princípios que já se haviam vislumbrado em Leiria e Académica. Começou a época em curso em grande, com a épica classificação do Braga para a Champions e uma participação mais do que honrosa e igualmente lucrativa. O jogo no Dragão para a 4ª jornada no campeonato, a forma como mexeu ao intervalo na pré-eliminatória em casa com o Sevilla, o vira minhoto na capital andaluz e congelamento do inferno de Anfield Road, têm um dedo de um treinador preparado para subir a outros patamares.

Se é nos piores momentos que as qualidades e os defeitos ficam evidentes Domingos aproveitou bem a maré baixa para sair por cima. O reajuste feito por baixo por Salvador no sentido de adequar os gastos à nova realidade resultante da queda para a Liga Europa levou-lhe jogadores-chave como Moisés, Luis Aguiar e Mateus e as grandes apostas da época Filipe e Elton. E foi quando em Fevereiro já se vaticinava a hecatombe, após uma série de altos e baixos, que Domingos reconstrói a solidez da equipa, recebe e bate o campeão em título, arrancando para uma série de 4  vitórias, eliminando pelo meio o Liverpool sem grande sofrimento. A forma como resolveu os problemas disciplinares - o caso Mossoró é exemplar, o castigo era inevitável, o prejuízo do clube não tinha que ser e não foi -  e  os problemas colocados pelos diferentes graus de motivação do plantel nas diversas competições demonstram maturidade. A proposta de renovação de Salvador chegava tarde e, segundo me dizem, é apenas para adepto ver e safar a pele do presidente, ante o carinho que os adeptos dedicam ao treinador. 
Domingos é dado como certo em Alvalade na próxima época, noticia que carece ainda de confirmação. Não sei se ele é o treinador adequado para o Sporting nem sei se uma figura assim existe. Há quem diga que o Sporting precisava de um nome mais forte, alguém que tivesse outra tarimba que não reconhecem ao Domingos. Discordo em absoluto e creio que, dos nomes falados na campanha eleitoral não é obviamente o mais forte mas é o que tem o perfil mais recomendado, que é muito mais importante do que o nome ou o passado. Ao contrário dos restantes, Domingos tem uma trajectória ascendente contínua, e dizer que não ganhou nada é uma meia-verdade porque o que fez em Braga vale um título. Além disso tem cumprido religiosamente os objectivos a que se propõem as equipas que o contratam, o que não é nada pouco, e conhece o futebol português. A minha principal dúvida reside na forma que Domingos arquitectará para contrariar as equipas que jogam em bloco baixo, isto é a maioria das equipas da Liga. Essa foi a dificuldade mais evidente no futebol do Braga no ano passado quando foi obrigado a assumir o papel de favorito que é o que Sporting mais interpreta.

O que Domingos não será é o salvador do Sporting. Como me dizia alguém que conhece bem o que se pensa no balneário de Alcochete,  o Sporting é um clube com uma camisola muito pesada e os jogadores quando entram em campo carregam demasiadas preocupações para lá daquelas que os adversários já impõem. E entre os profissionais de futebol é visto como um clube de risco para as suas carreiras. Tal como em relação ao clube em geral, o sucesso de Domingos no Sporting, confirmando-se a sua vinda, dependerá dele, da estrutura que o suporte e também numa quota parte elevada dos adeptos. Dizer que ele é portista é verdade como seria também AVB. Ele ou outro treinador qualquer terão que começar um trabalho de um patamar bem inferior aos dos principais rivais, pelo que além de sabedoria têm de ter coragem pelo risco que o Sporting hoje representa. Pouco ou nada ficou dos últimos dois anos a não ser desperdício e mesmo nas 2 últimas épocas de Paulo Bento havia já sinais evidentes  de desagregação. Sem que isto signifique baixar o nível da exigência a próxima época terá que ser entendida como de transição, (concordo com o PLF, se interpreto bem o que ele quer dizer) ou até de refundação do futebol profissional do Sporting.

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