terça-feira, 31 de agosto de 2010

Última hora: Timber no Sporting!

O “ANorte” surpreendeu hoje JEB e Costinha a escolherem o ponta de lança tão desejado por Paulo Sérgio. Depois de aturadas diligências conseguimos registar o momento, em rigoroso exclusivo, em que o nosso director desportivo e presidente procediam à escolha do craque que em breve aterrorizará, estamos certos, os relvados onde rolará o futebol do Sporting. Timber é o nome do craque. 

Como se vê, trata-se de um elemento  alto e robusto. De tal forma que o departamento de futebol já contactou a Puma no sentido de fornecer equipamento adequado ao craque. O sucesso desta aquisição está, ao contrário do que aconteceu com Angulo, Pongole e Caicedo, absolutamente garantido. Ao contrário daqueles, o manancial de possibilidades de utilização e reutilização é imenso. Tanto poderá funcionar em cunha, constituindo-se como um verdadeiro aríete, como descaído na horizontal e dessa forma arrastar as defesas à sua passagem. O futebol do Sporting ameaça, a partir de hoje, e com toda a propriedade, tornar-se num verdadeiro rolo compressor.

Carpe Diem



Obrigado Nuno Dias, Parabéns!

Depois de meses e meses de trabalho árduo em parceria com uma equipa de especialistas mundiais, Nuno Dias, Director de Informação do Sporting, vê aparecerem os primeiros frutos da sua persistência. Ontem em sede de núcleo Sportinguista, as declarações do Presidente do Sporting, José Eduardo Bettencourt, que chegam à imprensa são… tcham, tcham, tcham, tcham:

«Em primeiro lugar quero destacar o espírito muito forte da equipa. Estávamos a criar uma boa relação com os adeptos e foi estragada numa semana. Agora, queremos dar continuidade ao trabalho que temos feito para sermos mais fortes e dar alegrias aos nossos adeptos, que estão sempre connosco nos bons e maus momentos»

Carpe Diem, malta, Carpa Diem, nem terroristas, nem donas de casa, nem fcp, nem maracas. 1ª frase, elogio à equipa profissional, com destaque para o seu “espírito forte”. 2ª frase, uma admissão de erro próprio. 3ª frase, confiança e agradecimento a todos os adeptos.
Bravo Nuno, bravo, grande trabalho!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A força da tradição

Naval, 1 - SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, 3

Depois de variar constantemente a disposição táctica da equipa, Paulo Sérgio resolveu apostar no 4-1-3-2. Com efeito, o SCP apresentou-se na Figueira da Foz com André Santos mais recuado, com Maniche encarregue da faixa esquerda (com tendência para afunilar), Valdés a direita e Matias a apoiar os dois ‘pontas’, Liedson e, aqui reside a outra grande novidade, Yannick! O novo parceiro de Liedson que desenrasca enquanto não chega o presente mais desejado pelo treinador do Sporting: o tal Pinheiro… de Natal? Na defesa não houve surpresas.

O início do jogo apresentou também um Sporting forte, ambicioso e logo nos três primeiros minutos efectuou dois remates à entrada da grande área (fracos e à figura), feitos duma posição que augurava maior perigo. Aos quinze, a primeira grande sensação num surpreendente remate de cabeça ao poste. E Surpreendente porquê? Se o SCP vinha apresentando um caudal ofensivo digno de registo? Pois… Há que observar que, antecipando-se a várias sequóias gigantes da defesa navalista e ganhando um lance nas alturas em plena área, surgiu o gajo que fazendo o papel de resinosa altiva, não passa, na realidade, de uma mera planta de porte mais arbustivo e de seu nome Yannick… Uma cena verdadeiramente inconcebível…

O tempo foi decorrendo e com ele chegou o maior acerto nas marcações dos homens da Naval, a saber lidar melhor com o esquema do SCP que não deixa de ser ainda uma incógnita para todos, adversários incluídos… No entanto, o Sporting insistiu no ataque e procurou sempre chegar à vantagem num daqueles típicos jogos de sentido único. Até que, mesmo à beira do intervalo Liedson conseguiu, finalmente, facturar… E o que futebol às vezes tira, noutras oferece. Há que reconhecer que o lance é precedido de fora de jogo, ao contrário do golo mal anulado na Dinamarca. O levezinho apesar de não tocar na bola, interfere na jogada ao procurar dar continuidade ao lance. Depois foi só aproveitar e fazer um golo com boa nota artística. Apesar do golo ferido de legalidade, o resultado ajustava-se àquilo que as duas equipas tinham produzido até ao intervalo.

Na segunda parte tivemos ‘direito’ a ver regressar um leão mais pastelão, a praticar o já famoso ‘controle’ de jogo, com resultados práticos pouco famosos no passado. Mas, uma boa recuperação de bola no meio campo deu azo a um contra-ataque que o desastrado Lupede travou à margem da lei perante um 31 à solta dentro da área. Penalty convertido exemplarmente por Matias à hora de jogo. Depois apareceu o tal arbusto, (lembram-se dele?) quando dez minutos depois aproveitou nova oferta do 3 da Figueira da Foz para acabar com o jogo. Até ao fim ainda houve tempo para ‘matar saudades’ da displicência leonina, que atingiu o seu auge num golo sofrido a premiar a frágil reação dos canarinhos da Figueira.

Apesar de tudo, esta noite vivemos um jogo de campeonato descansado como há muito não me recordava. Afinal a tradição ainda manda alguma coisa no futebol.


Hei, Malta: A tentar chegar ao 1,90?

A. Naval 1º de Maio - Sporting Clube de Portugal (3ª jornada)

NAVAL: Salin; Gomis, Lupéde, Rogério Conceição e Jonathas; Godeméche e Hauw; João Pedro, Hugo Machado e Camora; Previtali

Suplentes: Jorge Batista, Zé Mário, Godinho, Giuliano, Marinho, Edivaldo e Simplício.
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SPORTING: Rui Patrício; Abel, Daniel Carriço, Nuno André Coelho e Evaldo; André Santos, Maniche e Matiás Fernández e Valdés; Liedson e Yannick Djaló.

Suplentes: Tiago, João Pereira, Anderson Polga, Zapater,Hélder Postiga, Vukcevic e Saleiro.

Árbitros:  Elmano Santos, Sérgio Serrão e Alberto Moniz

Antevisão Naval - SCP

Naval - SCP

Depois da alegria que nos foi proporcionada pela equipa de futebol profissional na Quinta-feira passada, tendo o SCP dado a volta a uma eliminatória que parecia irremediavelmente perdida e para a qual o SCP partiu como natural favorito pois era sua obrigação eliminar o Brondby, eis que volta o campeonato nacional.

O SCP desloca-se à Figueira da Foz para enfrentar a Naval 1º de Maio, equipa que recebeu na 1ª jornada o fcp tendo perdido por 0-1, num penalty muito duvidoso, diria mesmo num penalty "à fcp". É que não são só os jogadores que são "à fcp"...

Voltando ao jogo, o SCP conta por vitórias as deslocações ao reduto da Naval e assim espero que continue. É que depois da alegria da qualificação, se analisarmos o jogo friamente, verificamos que ainda falta ao SCP apresentar futebol que conjugue o querer e a capacidade de luta demonstradas, com qualidade do "jogo-jogado" (anda ausente este último).


Movimentações do mercado

Tonel no D. Zagreb, Stojkovic no Partizan e Pongolle no Saragoça, foram as últimas movimentações no mercado por parte do SCP.

Stoj - Em relação ao Stoj nada a dizer. Era notório que não seria opção em Alvalade, apesar de tanto Carvalhal como Paulo Sérgio terem tido a determinada altura, um discurso que parecia indiciar o contrário. Sendo assim, espero que aproveite a hipótese que lhe é dada de competir, para mostrar serviço de modo ao SCP conseguir recuperar alguma parcela da verba que despendeu para o adquirir.

Pongolle - Situação que roça o criminoso, a nível da gestão do SCP. Um jogador que foi adquirido por 6.5M€, é agora, e sem que tenha realizado 10 jogos (valor de cabeça, não fui confirmar), emprestado ao Saragoça!!!!
Num Clube que todos os dias - pelo menos até há bem pouco tempo - se queixa de falta de dinheiro, emprestamos a 2ª contratação mais cara da nossa História, sem que esteja sequer contemplada, uma cláusula de aquisição futura. Espero que o salário seja suportado na íntegra pelo Saragoça.

Gostaria de ver explicadas as razões que nos levaram em 1º lugar a adquirir Pongolle para agora o emprestar. Não é uma questão de nos explicarem todas as movimentações que fazem mas esta merecia, da parte da Direcção / Depto. Futebol, uma explicação, na minha opinião.


Tonel - Como disse no post acerca da sua saída, só tenho a agradecer-lhe tudo o que deu ao SCP. Um jogador que sempre respeitou o Clube, sempre deu o máximo em campo e que se mais não fez, foi porque não pôde, fosse por limitações próprias ou injustiça do treinador. Tonel encarnou na perfeição o nosso lema e merece o nosso respeito e consideração. Que tudo lhe corra bem nesta sua nova aventura.

Aniversário do "A Norte"

Last but not least, o aniversário do blog.

Um blog que me dá um gozo enorme ler e um orgulho enorme em pertencer, pois é feito por Sportinguistas para Sportinguistas, sem qualquer agenda, sem qualquer interesse, onde cada qual dá a sua visão, colocando sempre em 1º lugar aquilo que realmente é importante: o nosso Sporting Clube de Portugal.

Um blog que principalmente devido ao seu criador e mentor, o nosso "Mister" LdA, se tornou num espaço de reflexão e debate do nosso Clube. Parabéns LdA, por todo o teu empenho e dinamismo, pelo teu esforço e companheirismo.

É uma honra fazer parte do conjunto de editores deste blog e poder falar do SCP convosco!

SCP SEMPRE!!!

domingo, 29 de agosto de 2010

É só escolher

Paulo Sérgio deixou hoje de forma muito clara qual a sua visão das necessidades da equipa principal: “falta um pinheiro com 1,90 metros, que lhe possamos acertar com a bola na cabeça e ela vá para dentro da baliza". Várias questões podem ser colocadas de imediato:

Trata-se de uma solução no mínimo anacrónica, tendo em conta a filosofia conservacionista que se opõe ao uso desregrado da natureza. A menos que a solução preconizada recaia num qualquer barrote queimado, resultante dos incêndios sem fim que pintaram de negro o País.

Tendo em conta os pergaminhos do clube, porquê a opção pelo pinheiro, sem especificar se ele é manso, bravo, das Canárias, cepo, perdão, do alepo e não uma madeira nobre como sejam o mogno, cedro, imbuía, cerejeira, freijó, amendoim, ipê, cumaru, angico, jatobá, itaúba, tatajuba, pau roxo, maçaranduba, sucupira, garapa, jarana  que embelezam as nobres casas?

Tendo em conta o passado pioneiro do clube, porque não antes uma solução de moderna engenharia e arquitectura como uma das torres das Amoreiras? Já imaginaram os proventos resultantes da rentabilização de tanto espaço envidraçado com vista privilegiada para os relvados? Se Taveira e respectivo rebento conseguiram a visão epifânica – direi diarreia cromática? – e colorida para o exterior do nosso estádio mais perto estariam de resolver os problemas da deslocação da estrutura.   Ou porque não o recurso a um monumento histórico como a Torre de Belém? Por certo que o risco de cair permanentemente em fora de jogo seria compensado com as dificuldades de marcação para as defesas contrárias e pela mais sólida e eficaz barreira vista num campo de futebol, para oposição aos sempre perigosos cantos e bolas paradas.

Seja como for saúde-se o realismo do nosso treinador: a vida não está fácil e o dinheiro muito caro. Um pinheiro é sem dúvida uma solução original e barata. Só não percebo uma coisa. Se Paulo Sérgio tinha identificado a baliza como um dos pontos a reforçar porque não pede a Bettencourt um taipal? E  já nem pergunto porque não se interroga o nosso treinador sobre as soluções que preconiza e a forma descuidada como as verbaliza. É que para cuidar de pinheiros ou construir taipais fica-nos mais barato contratar jardineiros ou trolhas.

P.S: Sei que não rima com as linhas anteriores (será assim tão difícil comunicar bem?) mas não posso deixar sem referência as  bonitas palavras de Tonel. Obrigado!

Dois anos de paixão "ANorte"

Dois anos não são dois dias e, por isso, contrariamente ao que vem sendo a filosofia deste blogue, vou hoje incidir o foco da atenção para dentro. Uma vez sem exemplo, porque, não duvidem, aqui a protagonista é a paixão pelo Sporting.

Depois de algum tempo a comentar sob anonimato, resolvi criar uma identidade própria, constituindo-me como blogger em Abril de 2008. No mês seguinte, e depois de, nas inúmeras reflexões sobre o Sporting, ter concluído que o Sporting se estava a acantonar demasiado a Lisboa, abandonando a sua vocação de clube com generalizada implantação a toda a nação lusitana, resolvi criar o meu próprio espaço, o “ANortedeAlvalade”. A 28 de Agosto foi dado o primeiro passo para dois anos de actividade ininterrupta. As minhas fontes de inspiração assinalei-as por altura do primeiro Natal na blogosfera. Contrariamente ao que eram as minhas intenções, a estreia acabou por ficar assinalada por um post de indignação por uma prestação confrangedora, beliscando em Madrid o seu prestígio. Foi aliás o advento para um ano horrendo do ponto de vista internacional que acabou com uma eliminação humilhante às mãos do Bayern de Munique.

Antes disso o “ANorte” conhecia o primeiro alargamento da linha editorial, com o ingresso do Leão Transmontano (o nick carimba-lhe a origem). Apesar de ser muito convicto nas minhas ideias e reflexões, nunca me senti dono da verdade. Por acreditar que uma das virtudes ímpares do nosso clube reside na forma abrangente da sua base de apoio e na sua pluralidade, hoje a equipa do “ANorte” é constituída por 8 editores: o JVL(de editor mais a norte tornou-se no mais a sul), o LMGM (da Lusa Apenas), o Virgílio (Beirão de Castelo (verde e) Branco, o Hugo Malcato (de Lisboa e se for preciso da Polónia), Bruno Martins (da Inbicta, carago!) e o 8 (ex-atleta e campeão nacional de Leão ao peito), além,claro está, de mim próprio e do citado LT. Se há algo de que me orgulho é a forma como conseguimos articular as diferentes opiniões sem perder de vista que o que nos é comum – a paixão pelo Sporting- tem muito mais importância que diferenças pontuais. Afinal ninguém duvidará que foi esse o espírito que presidiu à fundação do Sporting Clube de Portugal: entre os seus 10 fundadores foi a ideia comum de fazer do Sporting "um grande clube, tão grande como os maiores da Europa" que prevaleceu sobre as 10 visões pessoais. Na nossa pequenez é esse o espírito que pretendemos honrar e homenagear. Os posts conjuntos são uma imagem de marca deste espaço.

Há dois momentos altos neste espaço que me parecem merecer destaque. Tentando ser fiel e consequente ao espírito de pluralidade conseguimos levar a efeito, num momento particularmente difícil para o clube uma Reflexão Leonina, contando para isso com a opinião individual de alguns sócios e adeptos e de blogues leoninos de referência, a quem renovamos os agradecimentos e altruísmo. É pouco vulgar na blogosfera este tipo de atitude desinteressada e julgo que o que levamos a efeito honra a todos os participantes. Saliente-se a grande qualidade das reflexões e a sua ainda premente actualidade. Lembro que este evento realizou-se após o Congresso e com as eleições no horizonte.

O segundo momento foi sem dúvida a entrevista a Morais o homem do mais famoso cantinho do futebol nacional, por ocasião dos 45 anos da nossa maior conquista internacional no futebol. Infelizmente as alegrias são embrulhadas ou desembrulhadas com o fino papel da tristeza. Hoje, passado tão pouco tempo, Morais já não está entre nós. E não me poderei esquecer da humilde tristeza nos seus olhos pelo afastamento em que vivia do clube: “Sabe como é, eles têm muito que fazer e eu moro muito longe”.

Os momentos baixos são infelizmente em maior número do que os esperados e os desejados. Não foi para falar deles que criei o “ANorte”. Mas nos últimos 2 anos são esses que têm prevalecido na história do clube e imposto, para quem escreve sobre o Sporting, uma ditadura implacável. É impossível ser insensível a tão dura agenda e não reflectir sobre que papel podemos desempenhar em favor do clube e qual o nosso grau de comprometimento com o mesmo. E, obrigatoriamente, reflectir no que é hoje a blogosfera, que a mim me parece ter decrescido em qualidade e interesse, em especial ao nível do comentário. Dois anos passaram, quantos mais valerão a pena?

Obrigado a todos aqueles que nos ajudaram a crescer e cresceram connosco.

sábado, 28 de agosto de 2010

Optimismo estival

Vi com algum desinteresse a desenxabida Supertaça Europeia. O Inter, mantendo a mesma estrutura, parece ter-se esquecido de como ganhar, apesar de ter aviado recentemente a Roma no troféu congénere no seu país. Mourinho não levou consigo apenas o sobretudo, a polémica e a atenção dos média. Parece ter levado na pasta o mapa do tesouro, e, sem ele, o Inter ontem parecia um condutor em terra estranha, sem GPS.

E enquanto reflectia sobre a importância de um treinador numa equipa, dei comigo a pensar que Quique, um treinador limitado, à frente de uma equipa com menos recursos que o Inter, acabou por inscrever o seu nome, pela 2º vez consecutiva num curto espaço de tempo, na galeria restrita de vencedores de competições europeias. Ora se Quique o conseguiu em Madrid, com o Atlético, porque não há-de Paulo Sérgio ser campeão com o Sporting, em Portugal, superando Villas Boas, Jesus e Domingos, contra todas as perspectivas e ponderações?

O futebol está cheio de exemplos contraditórios sendo por isso sempre difícil fazer previsões. A importância de um bom treinador é decisiva. Mas, como vimos na 5º feira, a vontade de ganhar e o espírito de grupo também o são e, por vezes, permite superar as limitações próprias, as dificuldades impostas pelos adversários e vencer até a história e a estatística. Foi assim que nasceu o apuramento para a Liga Europa, até porque ninguém ignorará, estou certo, que grande parte dos Sportinguistas, queriam mais do que criam passar o Brondby, na Dinamarca. Se isso chega para fazer uma equipa campeã? Creio que não. Mas sem essa vontade é que não vamos lá de certeza absoluta.

PS: O "ANorte" cumpre hoje dois anos de actividade ininterrupta. O facto será devidamente assinalado com um post a propósito, que, por falta de  tempo, ficará para data mais oportuna. Para já, e para assinalar essa data, criámos uma nova coluna no blogue, do lado esquerdo, onde incluímos os blogues de Sportinguistas, que, tal como nós, e independentemente da opinião, têm o  Sporting como paixão.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Tenho pena

Se fosse apenas de férias gabar-lhe-ia o gosto e recomendar-lhe-ia Dubrovnik. Assim tenho pena. Tenho pena que Tonel saia pela porta pequena para um clube menor e para a longínqua, futebolisticamente falando, Zagreb. Será com certeza, pelo seu profissionalismo e qualidade, um jogador idolatrado pelos Bad Blue Boys, a fiel torcida do clube da capital croata. Na hora da partida dos leões verdes de Portugal para os leões azuis de Zagreb agradeço a Tonel a forma briosa como se bateu sempre de camisola verde e branca ao peito. Ou, como diz a Dina, "o Tonel vai deixar saudades, foi quanto a mim um jogador muito profissional e que quando estava em campo dava tudo pela equipa e a cabeça dele tinha um óptimo relacionamento com a bola...". Tonel era um jogador "à Sporting" e bem podia ser um grande capitão. Não foi seguramente por não ter valor que saiu. E, sem saber o valor de Torsiglieri, não deixo de me questionar se não poderíamos ter poupado os 3 milhões que nos custam a sua gamebox para ver os jogos da bancada.

Tenho pena que Pongolle tenha sido contratado de forma pouco criteriosa e precipitada, numa altura que, estando a época decidida, nada podia acrescentar. Tenho pena que Pongolle saia assim sem mostrar ao que veio, porque, estou certo, ele vale muito mais que o nada que mostrou. Mais pena ainda tenho que, sem saber com nem porquê, tenhamos , correndo bem, perdido 1 milhão de euros numa passagem inútil e mais de cem mil euros por cada mês de estadia. A sua saída liberta recursos para um avançado que não precisará de fazer muito para o superar em rendimento e nas lembranças dos Sportinguistas.

Agora chorem eles

Tal como havia predito ontem, a missão era difícil mas foi levada a cabo na plenitude. O Sporting i) venceu a história, aditando uma nova alínea ao seu livro de memórias e do futebol português, uma vez que nenhuma equipa nacional havia conseguido ainda o reviralho de um resultado adverso em casa de 0-2; ii) contra os seus próprios fantasmas e insuficiências, bem patentes nos resultados e exibições recentes; iii) contra o adversário e contra o seu espectacular público, há que dizê-lo. Aquele inicio de jogo nas bancadas foi ao mesmo tempo bonito e intimidante.

O futebol jogado não foi ópera? Não foi, de facto, e dificilmente poderia ter sido. A equipa do Sporting estava à beira de um naufrágio iminente, pelas atrás aludidas prestações decepcionantes e pelo resultado do primeiro jogo. Não é expectável que se lute contra um naufrágio com passos de natação sincronizada. Como seria um espectáculo no mínimo grotesco que, na iminência do naufrágio, e após atingir um porto seguro, que agora cortássemos os pulsos. Dar largas à alegria genuína que o pequeno feito de ontem significou pode ter um efeito, desejável diga-se, ao mesmo tempo libertador e purificador.

Se pudesse mudar alguma coisa nesta vitória seria o local onde ela ocorreu: punha-a em Alvalade. Os Sportinguistas precisam de comemorar juntos os grandes e os pequenos feitos e nessa catarse afastarem-se da amargura provocada pelo sofrimento em excesso, que mina a confiança e a auto-estima. Pior, na ausência de vitórias sobre os adversários, os Sportinguistas escolhem vencer-se uns aos outros. A caixa de comentários deste blogue tem alguns, felizmente poucos, exemplos.

Nem tudo está bem quando acaba bem e o jogo de ontem de ontem deixou imensas sombras a cinzento-escuro, que confirmam o diagnóstico aqui feito no post de ontem, de onde víamos um general no seu labirinto. Mas se é verdade que ainda não se viu ontem uma equipa de corpo inteiro, vimos-lhe a alma. Não apenas até Almeida mas a alma que de Alvalade chegou à Dinamarca. O jogo teve momentos particularmente adversos, o naufrágio iminente, mas, mesmo quando não conseguiram jogar bem, os jogadores não soçobraram perante a adversidade. O que desmente os diagnósticos de falta de carácter dos jogadores, argumento usado para esconder outro tipo de deficiências. Carácter não é uma característica que se tenha às segundas, quartas e sextas e se ausente nos dias restantes. Essa intermitência não seria mais que a confirmação natural da sua ausência.

A vitória de ontem teve a coluna vertebral em i)Patricio, que cumpriu o que se pede a guarda-redes de um grande, que é ser decisivo nas poucas vezes que tem que intervir; ii) Carriço, tão discreto como eficaz, apesar de o seu companheiro de sector ter sido mais exuberante mas também mais permissivo; iii) Evaldo, cujo mérito deve ser realçado pela quase total ausência de apoio às suas acções; iv) André Santos, uma formiguinha tão laboriosa e segura como discreta; v) Djaló, o melhor elemento da frente no cômputo geral, cujo golo não pode ser marcado por quem tem tábuas no lugar dos pés ou por um matraquilho (mea culpa). Maniche e NAC ficaram num patamar ligeiramente inferior, pela descontinuidade das suas boas prestações.

O que devemos então fazer? Comemorar o regresso da filha pródiga, a vitória. Se o apuramento após sorteio era obrigatório a verdade é que no caminho quase se perdeu. Este fim-de-semana vou recostar-me no sofá e ver como nada André Villas Boas nas águas difíceis do Rio Ave. Se Jesus ressuscita após a 3ª derrota consecutiva. Segunda-feira pensarei então na batalha Naval.
 
E no fim, mas não menos importante a homenagem à grandeza do Sporting e dos seus adeptos. Olhem bem para o centro da fotografia:

PS:  O Sporting, após o sorteio da fase de grupos da Liga Europa, ficou colocado no Grupo C, e terá como  adversários o Lille (França), Levski Sofia (Bulgária) e Gent (Bélgica).

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fazer o que ainda não foi feito

 Assim terminou a 'escalada'

Brondby, 0 - SPORTING CLUBE DE PORTGAL, 3
Com a licença do Sr. Pedro Abrunhosa, começo por iniciar esta crónica constatando que este seria sempre um jogo histórico. Para um lado, ou para o outro.

Felizmente pendeu para o Sporting e com todo o merecimento. Foi o SCP que conseguiu uma reviravolta épica a uma eliminatória que, ao intervalo, estava bem lá no fundo. Mas o SCP começou a trepar a trepar, sofreu uma escorregadela de um incompetente árbitro auxiliar, mas não se atemorizou e, mesmo à beira de esgotar o tempo, saiu do poço… triunfante.

Hoje não há espaço para análises ao anárquico futebol da primeira parte. Nem a sistemas tácticos difíceis de descortinar tal a desorganização que por vezes se nota dentro do campo. Hoje é dia para festejar, respirar fundo, esfregar as mãos e voltar a ganhar alguma esperança em que este Sporting possa reencontrar-se…

Na segunda mão deste Play-off para a Liga Europa tivemos o que faltou há uma semana em Alvalade. Querer, brio, jogadores inspirados como André Santos, voluntariosos, como Maniche, e decisivos, como Evaldo, Nuno André Coelho ou Yannick. A sorte também nos protegeu, quando foi preciso.

O Brondby confiou que seria novamente premiado a jogar na expectativa, mas esqueceu-se que a estatística não favorece quem continuadamente aposta no jogo da retranca. Ainda bem. O Sporting, à excepção dos primeiros 10 -15 minutos assumiu sempre as despesas do jogo e alcançou o seu objectivo.

Parabéns ao nosso leitor MM na permanente aposta em Nuno André Coelho e ao nosso colega ‘nortenho’ JVL que acertou no resultado. O Zandinga tem dois potenciais sucessores. Parabéns a quem não deixou de acreditar. Hoje o 'coração' triunfou.


Parabéns Sporting Clube de Portugal!

A razão e o coração

A missão difícil
Por certo que ninguém ignora que, se não conseguirmos o apuramento para fase de grupos da Liga Europa, grande parte desse insucesso de deverá ao jogo da 1ª mão, em casa. Assim, logo, a partir das 18:00 o Sporting bater-se-á contra vários adversários: i) a história, uma vez que nunca logrou contrariar fora de portas um resultado tão adverso em casa; ii) contra si mesmo, isto é, o seu próprio momento, tendo em conta o que têm sido as suas prestações em jogos oficiais; iii) o adversário propriamente dito, com as velas cheias do vento do resultado tão excelente como improvável, acrescido pela retaguarda entusiasmada e surpreendida dos seus adeptos. Complicado que foi o que já não era fácil, o que poderemos então fazer?

O general perdido no seu labirinto
O papel do treinador é primordial. E esse é neste momento o meu principal temor. Do que tenho visto, são vários os equívocos ainda por resolver no processo de jogo do Sporting, dos pés à cabeça. Paulo Sérgio tem-me feito lembrar, nas suas opções, os treinadores ingleses, para quem a táctica parece ser tratada como um mal necessário. O Sporting, na maior parte do tempo, se não tem jogado no pontapé para a frente, tem andado lá perto. E isto, meus caros, é a pré-história do futebol. Está para o futebol como os grelhados para a culinária.

A equipa tem dificuldade a jogar com bola: quando a tem em seu poder parece querer livrar-se dela o mais depressa possível. (O treinador e até alguns adeptos parecem querer inclinar-se para questões sempre perigosas como o carácter – a falta dele – dos jogadores. A mim parece-me que esta é uma questão de treino e de filosofia de jogo.).  A distância que medeia entre os sectores transforma a equipa no continente que deveria ser num arquipélago de 3 ilhas. A movimentação interior quase não existe e a penetração pelos flancos é, em regra, uma miragem. A saída de Postiga agravou a falta de apoio frontal para oferecer linhas de passe e temporizações que permitam subir os blocos. O esquema de duplo pivot faz as arrastadeiras parecer aviões supersónicos.

E se se joga deficientemente com bola, sem ela o panorama não é melhor. Paulo Sérgio quer a equipa a pressionar alto mas até agora o que se tem visto é uma tentativa anárquica para o fazer. E fazê-lo a todo o tempo é desgastante, residindo talvez aí a explicação entre as razoáveis primeiras partes e os sofríveis 45 minutos finais. E talvez esteja também aí a explicação para a anarquia: a pressão é feita , quando a respiração permite, a espaços, de iniciativa individual e não em bloco. As brechas nas costas, resultantes da descoordenação, oferecem chip´s para as SCUT´s que se abrem entre linhas até à nossa baliza.

E, para agravar o cenário, o Sporting tem jogado, do ponto de vista táctico, umas vezes assim, outras vezes assado, mas nunca em função, não do adversário, mas das suas debilidades. O que também é muito típico na arrogância (ignorância) táctica britânica. E é pois, com particular apreensão, que vejo o diagnóstico do treinador recair quase em exclusivo na falta de eficácia a explicação para o insucesso: “O Sporting já fez coisas boas, e talvez por essa falta de eficácia não tenhamos atingido os resultados desejados.”

Como é insensato o coração
Talvez eu seja um adepto atípico. Acredito na razão, na inteligência - no treino, da táctica, e até na inteligência emocional – como o factor decisivo e primordial para ganhar. Por isso, em regra os bons treinadores fazem as melhores equipas e por isso o futebol é a modalidade onde os mais baixos, os mais baratos e os desconhecidos ganham com mais frequência aos mais altos, mais caros e às estrelas. 

Antes e depois dos jogos sou levado pela razão e a frieza de raciocínio. Mas quando a bola começar a rolar os neurónios vão de férias. O coração bate descompassado, o sangue ferve, a emoção arrebata-me e acredito sempre. Eu ainda acreditava quando  terminou os 3-6, eu ainda hoje acredito que é possível ganhar a Taça UEFA e o jogo já terminou há 5 anos. Como posso eu acreditar que não somos capazes de ganhar,  a uns Viking´s de futebol desdentado, com táctica e sem ela, à Martim Moniz, à Padeira de Aljubarrota, à Miguel Garcia de Alkmar, e logo gritar como o Jorge Perestrelo: eu te amo meu Sporting? (Oh Jorge, nem que tenhas que descer lá de onde estás e marcar com a barriguinha…)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pontos de Vista*



O presidente dos 90 por cento de votos, 100 por cento profissional e
100 por cento incompetente, prossegue a política cobardolas e suicida
de "rugir para dentro e miar para fora".

Nos dias de leão sanguinário, ar assassino, juba branca espigada e
sobranchelhas carregadas de um cinza temível, ouvimos o terrível
rugido...

-- Vou expulsar todos os terroristas, cretinos e sem estatuto, de
sócios do clube

No dia seguinte o empresário Jorge Mendes deparou-se com um gatinho
pequenino, mansinho e fofinho.

-- Miau, miau, o senhor Jorge é que sabe. Se quer o seu amigo
Costinha, que ainda anteontem era jogadora da Atalanta, a
director-desportivo, não se fala mais nisso. Está escolhido e pronto!
Afinal o senhor é o empresário mais poderoso do mundo, e eu adoro
dar-me com pessoas poderosas e que movimentam milhões.

No outro dia, de rabo a dar a dar, diante do amigo do empresário...

-- Miiiaauuuu, o senhor Francisco é que sabe. Se quer dar 6,5 milhões
por esse tal Cinema Sem-Gol e 3,5 por esse argentino com cara de
Torsionário, merece todo o crédito. Eu preferia o Paulo Torres como
braço-direito do Paulo Bento II, mas se o senhor quer o seu amiguinho
Nuno Valente, quem sou eu para o contrariar? Afinal o senhor é amigo
do empresário mais poderoso do mundo, e eu adoro dar-me com pessoas
poderosas e que vestem fatos de tão fino corte.

No outro dia ronroa sem parar à vista do todo-poderoso Papa...

-- Miiiiiaaauuuuu, Miiiiaaauuu, Miiiiiaaaaauuuuu, ai que prazer tão
grande estar na presença da pessoa mais importante do futebol
português! O senhor Jorge Nuno não imagina a honra que tenho por saber
que aceita sentar-se comigo à mesma mesa. Adoro dar-me com pessoas
poderosas e respeitáveis. Então o senhor acredita que o malandro do
meu capitão de equipa diz que não joga mais no Sporting e que só
aceita vestir a camisola do FC Porto? Parece impossível! Não sei quem
é que lhe meteu essa ideia na cabeça! Olhe, vendo-lhe esta maçã podre
a preço de amigo, por metade do preço do mercado, e se me der uma
mãozinha neste problemão ficar-lhe-ei eternamente grato,
miiiiaaauuuuuuuuuuu...

Ontem prontificou-se a resolver o problema da churrascaria do Kadahfi
dos pneus...

-- Miiiaaaauuuuuuu, ai que prazer tão grande estar à mesma mesa e
almoçar com o presidente do clube que os sportinguistas mais adoram!
Disseram-me que o senhor Luís Filipe precisa de um guarda-redes...
Olhe, tenho lá um óptimo, tão alto como aquele barrete que o Jesus
trouxe de Espanha, mas que é titular da selecção e até defendeu
penáltis no Mundial. Não lhe custa um chavo: troco por aquele mono com
ar de King-Kong que o Paulo Bento II vê como parceiro ideal do nosso
Levezinho. Olhe, enquanto pensa nisso vai desculpar-me mas prescindo
da boleia de regresso a Alvalade. É que estou a ver lá fora os tipos
do Correio da Manhã e não quero aparecer na manchete de amanhã como
pendura no seu carrão topo de gama. Ainda pensam que tem um gatinho ao
seu lado...



*Pontos de Vista é uma rubrica em que publicamos artigos enviados pelos nossos leitores. No presente caso trata-se de um texto de Jacques Ferreira.

Porque ganham uns e outros não


Há quase 2 semanas, predisse que, na grelha de partida desta época, partiríamos em 4º lugar. Considerei o Braga o campeão do defeso, acrescentado que “Independentemente do resultado final, dos quatro candidatos ao título, a estratégia arsenalista é indiscutivelmente a mais inteligente e adequada á realidade do futebol português. Domingos é o principal garante de uma boa época e pela sua permanência e das suas ideias é que não posso deixar de considerar o clube de Braga no rol de candidatos, mesmo correndo por fora. A recente eliminação do Celtic não foi, seguramente, uma casualidade como, estou certo, veremos mais adiante.”

Hoje depois do feito do Braga, e com o País justamente rendido, excepto o Record..., talvez seja dado mais crédito às minhas palavras. Acertar hoje nos números do euromilhões de sexta-feira é muito mais fácil, mas não faz aumentar o número de "excêntricos"... Faço esta lembrança, não porque me considere nenhum iluminado, antes porque me parecem constatações simples de factos mais do que evidentes, que por razões que me escapam, a generalidade os Sportinguistas preferiu ignorar.

Os Sportinguistas, hoje em particular, interrogam-se como tudo sai bem ao homónimo minhoto, e, ao contrário, tudo parece sair-nos mal de há muito tempo para cá. O nosso leitor “Sporting até morrer” fundamentou, em poucas linhas, o que é quase óbvio, mas os Sportinguistas em geral parecem não querer perceber:

“Este Braga tem um Presidente que sabe gerir.
Este Presidente sabe comprar barato e vender com grandes ganhos.
Este Presidente fala pouco e trabalha muito.
Sabe escolher treinadores, pois raro é aquele que se dá mal com os ares de Braga nos últimos anos. Rodeia-se de um boa estrutura, que trabalha em silêncio e tem vindo calmamente a solidificar a posição do clube como quarto grande português.
Este tipo de Presidente já não vejo em Alvalade desde os tempos de João Rocha.
Pelo contrário, em Alvalade temos um presidente que é uma anedota, uma estrutura que parece um circo. Para qualquer problema com que se depare esta Direcção com vencimento profissional, existe sempre uma resposta...amadora.”

Acrescentaria: Salvador aprende com os erros, os nossos dirigentes não. Cansado de nos imitar em actuações e resultados decepcionantes, e em número de treinadores por época, Salvador, num ápice, transformou o cemitério de treinadores numa incubadora de técnicos campeões nacionais – primeiro Jesualdo, depois Jesus – sendo que o  vice-campeonato de Domingos em Braga, e da forma como foi alcançado, um feito equivalente.

Salvador percebe mais de futebol que Bettencourt, que até já foi campeão nacional? Não creio, mas não duvido que o supera em bom senso, ao deixar o futebol para quem percebe. Foi afinal o mesmo que fez Vieira com Jesus e o que faz Pinto da Costa há muitos anos, dispensando eles protagonismos excessivos aos directores desportivos, quando os tinham.

O Sporting pode continuar a gastar nos móveis, nas caixilharias, nos electrodomésticos, mas enquanto não tiver um bom arquitecto – leia-se treinador – e uma boa equipa de engenharia – leia-se uma estrutura sólida – nunca terá uma casa funcional. Quem viu o jogos do Play-off do Braga percebe isso melhor: a vitória foi alavancada no gabinete e no banco do treinador. Em Braga, depois de uma primeira parte na corda bamba, foi a intervenção de Domingos ao intervalo que acabou por fazer pender de forma quase decisiva o apuramento. Ontem o Braga foi uma equipa esclarecida, quer das suas capacidades, quer das debilidades do adversário. A equipa vale pelo seu todo, independentemente dos protagonismos de ocasião dos jogadores em melhor forma. E alguém se lembra hoje que na equipa de ontem não estão 60% dos elementos do sector defensivo  (Eduardo, João Pereira, Evaldo), responsáveis pela solidez do ano passado?

O Sporting em que eu acredito é um Sporting que não precisa de imitar ninguém para voltar a vencer, basta para isso que se volte para os princípios que estão na sua génese e história. Mas enquanto não for capaz de o fazer, pelo menos que siga os bons exemplos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Torsiglieri, Otamendi e outros


O que diriam a generalidade dos adeptos Sportinguistas se o Sporting contratasse um defesa-central de 1.78m? “Mais um anão” será dos epítetos mais fáceis de publicar aqui. Eu pelo menos não me esqueci do que pediam insistentemente a grande maioria de nós… Agora que Otamendi aterrou no aeroporto Sá Carneiro já há quem se interrogue da compra de Torsiglieri, quando este foi suplente de Otamendi. Foi, é a palavra correcta, porque Torsiglieri de facto esteve no banco em todo o Torneio Clausura, mas no torneio seguinte foi totalista nos 13 jogos, com 4 cartões amarelos e 1 golo marcado, sendo uma das revelações da prova. A selecção de Otamendi para o Mundial é um certificado de garantia, e o seu custo final reflecte-o. Mas não retira valor a Torsiglieri, que, sem o passado do ex-colega teria que ser mais barato. Há riscos em ambas as apostas, o futuro dirá quem perdeu e quem ganhou. Mas os Sportinguistas, pelo menos grande parte, não se pode queixar de ter agora o que tanto pediram: um central alto. Eu continuo preferir os bons centrais, sejam eles da altura do Ricardo Carvalho ou do Beckenbauer.

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Ontem falei aqui sobre Roberto a brincar. Volto agora ao assunto noutro tom, porque ele me lembra duas situações vividas no Sporting que têm algo de semelhante com o que agora se vive no vizinho de cima e que tanto nos diverte assistir de cadeirão.

Julgo que em Portugal poucos conhecem o valor de Roberto, para além de Jesus, uma vez que os jogos do Saragoça não têm a visibilidade no nosso País como sucede com o Barcelona ou Real Madrid. Não tem carreira internacional digna de registo, também. Por isso são tão válidos os juízos que asseguram que se trata de um bom guarda-redes como o contrário. O que todos sabemos é que não foi pelas prestações que agora conhecemos que Jesus o foi buscar a Espanha e jogou o prestígio de bom observador que granjeou justamente no ano passado.

Tudo indica que o problema de Roberto é o que se costuma dizer uma questão de estofo, neste caso de falta dele. O valor pago pelo seu passe, o peso de ter que jogar numa equipa que quer revalidar o título, é muito diferente de jogar no Saragoça para não descer. Num candidato ao título um guarda-redes é chamado poucas vezes a jogo e cada falha é vista milhares de vezes. Ao contrário, numa equipa do meio para baixo da tabela está-se permanentemente em jogo, as defesas realçadas e as falhas menos escrutinadas.

Roberto vive hoje o mesmo problema que Ricardo viveu quando se transferiu para o Sporting. No caso do ex-guarda-redes da selecção nacional o seu eclipse deu-se não tanto pela mudança de estatuto mas pela campanha sórdida por causa da preferência de Scolari em detrimento de Baía. Ricardo não soube lidar com a situação e nunca mais foi o mesmo. 

É olhando para estes 2 casos, passados com jogadores mais velhos, que olho para Patrício, que, com todas as falhas, as próprias e as alheias, e com toda a turbulência em que tem crescido, continua de pé, de forma quase estóica. Algum valor deve ter.

A cimeira

É hoje dado grande destaque ao almoço ontem realizado entre Bettencourt e Vieira. O destaque é perfeitamente compreensível, tendo em conta a raridade da ocorrência. Se há alguma anormalidade na situação ela não é, parece-me, pelo acontecimento em si mesmo, mas precisamente pela escassez com que ocorre. Como aqui tenho defendido, não faltarão assuntos sobre os quais haja necessidade de análise e concertação de actuações entre os clubes grandes. Nesse sentido, o Sporting pode, pelo perfil sui generis da instituição que é, ser a charneira para o diálogo imprescindível entre os clubes grandes.

Não creio que a razão do encontro tenha sido a troca de jogadores, como hoje é sugerido por alguma comunicação social, o que não é o mesmo que dizer que conversas nesse sentido não tenham surgido. As modalidades, anteriormente ditas amadoras, são bem capaz de ter sido o epicentro do conclave, e não faltará, nesta agenda, uma enorme quantidade de pedra para partir. Em causa está a sustentabilidade financeira e competitividade das modalidades. Já na III Tertulia Leonina havia defendido uma concertação de actuação, que normalmente é inviabilizada pela irracionalidade subjacente à rivalidade entre os grandes, como muito bem lembrou Júlio Santos, homem com sabedoria constituída à custa de muitos anos de esforço, por vezes quase solitário,  (conta lá Juvenal...) nas presidências de Sousa Cintra.

O actual modelo está esgotado e ultrapassado. A concertação seria a auto-estrada para as melhores soluções, atalhar com soluções únicas mas imprescindíveis o mal necessário, mas inevitável. Atente-se, por exemplo, no atletismo, onde os atletas recebem “subsídios”, alguns deles substanciais, para, em 2 ou 3 ocasiões por ano, vestirem a camisola do clube. Em participações internacionais aparecem com as cores dos patrocinadores, e arrecadam prémios de montante razoável, sem qualquer retorno para o clube. A par disso, veja-se como o FCPorto contornou a sua falta de competitividade em relação à ala feminina do atletismo: fez desaguar em Leixões contentores de atletas de países de Leste, mais baratas de sustentar que as nacionais. O Estado fecha os olhos, ignorando como será a representatividade nacional nos Mundiais ou nos Jogos Olímpicos num futuro próximo. Mas, como quase tudo neste País, interessa apenas o que se falará logo nos jornais das oito hora, nas televisões.

Não faltam pois matérias que imponham a necessidade de conversações entre os grandes, o Sporting tem todo interesse em promovê-las, e por isso, só vejo razões para me congratular com a iniciativa e participação do Presidente Bettencourt. A especulação subjacente é para vender a tinta dos jornais. Não acredito que JEB fosse, no actual contexto, arriscar o empréstimo de Stojkovic, e as consequências que podiam advir de uma boa prestação do sérvio, que apesar dos pesares, é bom lembrar que é internacional pelo seu País. Apesar de achar que essa situação já cheira mal e carece de solução urgente e definitiva. Mas não pode e não deve passar por aí.

Por ser um assunto pertinente, porque acredito num Sporting ecléctico, e em consequência, entender que devemos dar e tratar os assuntos relacionados com o ecletismo com o devido destaque, deixo para mais logo o que penso da  recente aquisição de Otamendi por parte do FCPorto e a sua relação com Torsiglieri, que parece estar a suscitar reacções entre os adeptos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quinze meses em quinze anos

"É preciso levantar a cabeça..."



No seguimento dos excelentes e certeiros post’s dos meus colegas LdA e LT, que uma vez mais me obrigaram a reflectir sobre a nossa actual situação, a questão que coloco neste momento é: mas será que não chegam quinze meses de um total, incessante e inesgotável absurdo aos comandos do destino deste clube? É necessário mais tempo, exactamente para quê? Certificar se, realmente, os próximos quinze meses serão ligeiramente ‘melhorzinhos’, contando com a mudança da variável SORTE, ou confirmar a continuidade da vertiginosa queda? Sim, leram bem, queda, porque mesmo no fundo de um poço (para utilizar uma imagem actualmente em voga), ainda resta muito para onde descer…

Momentos como o vivido actualmente no Sporting ocorreram com tanta frequência nos últimos anos que é difícil dizer que este é o pior.

“Pior do que isto parece-nos difícil, mas a verdade é que continuamos a escorregar para o fosso a cada dia que passa.”


O título deste post refere-se a quinze meses. Mas é só por uma questão estilística, pretende-se fazer a concordância dos anos de “roquetismo” com os meses do mais enervante “palermismo”, aproveitando a coincidência do número. Na realidade, o actual estado do SCP conta com dez anos de participação (e de incompetência) do actual presidente do CD e SAD leoninas! D E Z! A N O S! Uma década. Como foi (é) possível isto, num clube que se quer (manter) grande?

Não, não está na hora. Estamos muito atrasados. Mas como vale mais tarde do que nunca e os abundantes elastimáveis factos estão aí, à vista desarmada, haja a suficiente coragem para colocar em prática ‘a’ decisão. E ‘a’ decisão só pode ser uma: cortar o mal pela raiz. Acabar de vez com este mal que nos atingiu e que apesar de multifacetado, tem origem comum, sendo o mal-branco, sem dúvida, a sua versão mais perturbadora...

Termino já com duas breves notas. Acreditem que é com mágoa que escrevo isto, com o coração apertado e num intenso conflito interno: entre aquilo que mais desejo (estar enganado) e aquilo que a razão me dita ao observar a realidade. Não será, certamente, a ultima vez que analiso a actual liderança do nosso SCP. Mas, independentemente do que a sucessão dos acontecimentos ditar, será a ultima vez que a manifesto. A minha opinião está formada. Muito dificilmente mudará. Mesmo desejando que se altere, não acredito que tal aconteça.

O espantalho

Vivo num bairro de 16 moradias, sendo a minha uma das mais vistosas. Rivalizando com ela, há apenas mais duas, formando um trio que concentra em si a quase totalidade dos grandes momentos históricos da vida do bairro. À medida que se desce a rua podemos observar algumas casas interessantes, bem arranjadinhas, mas dessas, a que tem concentrado mais atenções no último ano, é de arquitectura moderna, um aproveitamento original feito pelo Sr. Salvador. Ao fundo da rua, as duas últimas casas são feias e desconfortáveis. Mesmo assim, e estranhamente, há choro e gritos cada vez que os inquilinos são obrigados a sair por acção de despejo. 

Mas a conversa que agita o bairro de há um mês para cá recai sobre o quintal do Sr. Vieira. Começou por se comentar à boca pequena que o homem tinha perdido a cabeça, numa viagem a Madrid, não por uma espanhola geniquenta, cheia de salero, folhos e castanholas, ou por ter abafado um saco de caramelos ou colónias Puig num qualquer Corte Inglês. Ah, e a bem da verdade convém realçar que, desta feita, na deslocação ao País vizinho - realço desta feita – não consta que tenha havido qualquer assalto a bombas de gasolina. Isto antes que venha aí gente mal formada insinuar o contrário

Bom, não sei onde começou o rumor, mas o que é facto é que a notícia se espalhou: o Sr. Vieira tinha contratado um segurança espanhol, pelo qual havia gasto uma fortuna colossal. Consta também que a intenção inicial tinha recaído num brasileiro, de nome Bruno, cujo perfil se entendia ser mais adequado à herança genética e às necessidades familiares. Mas parece que os problemas recentes sentidos na abertura de um talho clandestino, vão retê-lo do lado de lá do Atlântico por mais uns tempos. Um rude golpe - ou direi uma profunda catanada? - que não se podia repetir, uma vez que os impedimentos mais ou menos recentes do ponta-de-lança de Santa Comba Dão, ou do fura-redes de Telheiras já tinham atrasado a estratégia que se pretendia implementar. 

Mas a vizinhança começou a desconfiar. Primeiro por causa de um desabafo do Sr. Costa, que, azul de gozo e raiva, comentou alto e a bom som, (enquanto se supõe que falava ao telefone com o merceeiro mais próspero do bairro, o Sr. Mendes) “oube lá, tu és um sinhore, carago! Óito milhuens e meio por um segurança! Hã, num é segurança? Intõn é o quiê, carago? Hã?! Olha depois falamos, tenho que ir com Nãodinha passear o Boby e o Tareco, porque ando descunfiado do motorista. Porquiê? Lembras-te de ter falado daqueles problemas nas antenas, que num me deixabam ver o Hot, quer dizer a TBI? Pois, desde que a Nãodinha e o Tião saem à noite para cumprar regueifas e só aparecem de madrugada, que comecei a apanhar a Aljazzira sem interferências!

Tudo se começou a clarificar, de repente, nas férias no Algarve da família Vieira. O imaginado segurança não se mexia, a não ser quando o vento soprava. O que, é bom de ver, pode ser bonito se estivermos a falar das saias da Orsi, em particular se estivermos lembrados do vento quente que soprou neste verão e das aulas de física, onde se dizia que as massas de ar quente tem tendência a subir. Mas falando de um segurança? Depressa se verificou que qualquer steward deste País poderia continuar, - repito, continuar – a fazer mais pela segurança de Vieira e respectiva família que o imaginado segurança. Foi aí que o acaso intercedeu em seu favor, da mesma forma caprichosa que um qualquer bolor ajudou a descobrir a penicilina. 

Roberto – é esse o nome do segurança - foi chamado à presença do senhor, isto é de Jesus, o capataz da mansão da família Vieira. Para tal teve que atravessar o quintal em direcção aos arrumos onde Jesus, de forma circunspecta, recebia “inline” aulas do programa novas oportunidades. Estava o capataz a finalizar as primeiras linhas da  sua redacção, começada 2 anos antes, quando é sobressaltado por enorme alvoroço. Toda a passarada que abundava na propriedade, milhafres, abutres ou simples piscos, fugia em sonora revoada, à passagem do segurança. Jesus, certamente abençoado pelo Espírito Santo, depois dos problemas que teve com o Banco Privado, percebeu finalmente: Vieira, por sua indicação, tinha comprado um espantalho!
Bom, o fim desta história está próximo. Todas as famílias do meu bairro, incluindo a minha têm histórias semelhantes a manchar a reputação, embora sem despender tanto dinheiro. 

A solução será, ao contrário do que conseguiriam suspeitar, encontrada no próximo conselho de ministros. Sabemos que o ministério sediado no palácio das Necessidades – que nome tão apropriado quando se contam histórias do Sr. Vieira – já fez as primeiras diligências no sentido de devolver o espantalho à procedência.  A razão deste envolvimento ao mais alto nível é mais que justificada. É que, de há um mês para cá,  cada vez que se pronuncia o nome Roberto o nível de absentismo no País aumenta, as chamadas caem no INEM mais do que os prédios no Haiti, as urgências dos hospitais apinham-se como pulgas nos cães vadios. Ainda agora, confidenciava a um amigo, via telefone que ia fazer um post sobre o Roberto e, na casa ao lado, a do sr. Vieira, ouvi o baque surdo de mais um corpo tombado, transido por um chilique.

domingo, 22 de agosto de 2010

Crónica de uma miséria continuada

Paulo Sérgio voltou a mexer e a remexer equipa mas os resultados práticos da nova miscelânea não foram muito diferentes do que já se havia visto anteriormente. Remeteu para o banco Valdês, Postiga e Matias, deu a titularidade a Zapater, Djaló e Vuckcevic. Assim, construiu o meio campo com uma linha de três médios de contenção André Santos, Maniche e Zapater. Na frente Liedson sozinho ao meio e nas alas Vukcevic mais Djaló.  

Resultado de tudo isto? Na primeira parte, e em termos práticos, resultou na nulidade absoluta. O Sporting nunca conseguiu ou tentou construir jogadas de ataque de outra forma que não fosse de pontapé para a frente, futebol directo portanto. Em contrapartida, continuou a revelar imensos problemas em lidar com as transições rápidas para o ataque do adversário, que só não deu piores resultados devido à atenção de Patrício. Os primeiros 45 minutos não terminariam sem as imagens terríveis e preocupantes de um João Pereira inanimado, após um violento choque com o nosso guarda-redes, o que obrigou à entrada de Polga.

A segunda parte parecia começar melhor. Djaló apareceu mais perto de Liedson, ficando Evaldo com todo o corredor esquerdo a seu cargo, uma vez que Carriço no lado contrário, não tendo as características de João Pereira, ficava numa missão mais contida. Mas foi sol de pouca dura, voltando depressa as dificuldades iniciais. Foi até com alguma sorte que não sofremos um golo, numa jogada que revelou que o Marítimo sabia como devia explorar a subida da nossa defesa.

Aos 70 minutos Paulo Sérgio retira Zapater  e Vuckcevic, entrando Saleiro e Matias Fernandez. Seria precisamente o chileno a marcar de penalty, mais do que justo, que nos permitiu somar os primeiros 3 pontos do campeonato. De forma feia e igualmente preocupante foi cumprida a obrigação de ganhar.

Sporting Clube de Portugal- Marítimo

SPORTING: Rui Patrício; João Pereira, Daniel Carriço, Nuno André Coelho, Evaldo; Maniche, André Santos, Zapater; Yannick Djaló, Liedson, Vukcevic.

Suplentes: Tiago, Anderson Polga, Grimi, Matías Fernández, Diogo Salomão, Saleiro e Hélder Postiga.

MARÍTIMO: Marcelo; Ricardo Esteves, João Guilherme, Robson, Alonso; Roberto Souza, Rafael Miranda; Danilo Dias, Cherrad, Djalma, Baba.

Suplentes: Marafona, Marquinho, Kanu, Luís Olim, Briguel, Tchô, Luciano Amaral.

Árbitros: Bruno Paixão, António Godinho, Paulo Ramos.

Em busca das vitórias perdidas



Calção, camisola, cachecol, está tudo pronto, vamos lá! Aqui vou eu a caminho de Alvalade. A viagem há muito que está combinada e só tem um objectivo, ir à bola. Para ser igual a outros tempos só falta mesmo levar a lancheira para fazer um piquenique, vão os homens, as mulheres e os putos, a tropa toda. Lá para o meio da tarde o grupo divide-se, a ala masculina ruma a Alvalade a feminina vai aproveitar os saldos da capital.

Já me perguntaram 50 vezes se não era melhor esperar por outro jogo, principalmente porque vai ser a estreia de um dos miúdos em Alvalade. Respondi com duas questões, primeiro pedi que me dissessem qual é o jogo em que a vitória está antecipadamente garantida, se me conseguirem garantir isso, não só a minha argumentação para formatar os putos ia melhorar imenso como ia já a correr apostar uma pipa de massa naqueles sites de apostas que se reproduzem pela internet fora.

Segundo, questionei também quando vai ser o próximo jogo em Alvalade, em dia e hora que possibilite levar crianças entre os 4 e os 10 anos, e isto tendo em conta que no final do jogo há que fazer uma viagem de regresso de umas centenas de quilómetros.

Como fiquei sem respostas, mantive o programa das festas. Há mais factores a juntar à equação a capacidade de regeneração dos putos é infinitamente superior à dos adultos, a última derrota, que ainda me está entranhada nos ossos, para eles foi um acontecimento do século passado, sabem lá quem é o Bettencourt, o Paulo Sérgio, ou o Costinha. O que interessa é poder estar no estádio ao vivo, ver o Liedson, ouvir as claques e fazer macacadas.

Se pelo lado deles o problema está resolvido, do meu nem por isso, fiquei profundamente desiludido com o último jogo, e continuo a não admitir a descrença que vi apoderar-se da equipa nos minutos finais. Que eu saiba, os golos marcados aos 92 minutos valem rigorosamente o mesmo que em qualquer outro. Não há desculpa possível para um atleta do Sporting baixar os braços antes do palhaço dar o apito final.

Sou péssimo a assobiar mas consigo apupar como poucos e também fará parte da formação da miudagem o apupo se vir a equipa ceder à pressão. Como já não sou criança aproveitei a ressaca do último jogo para respirar fundo e tomar uma medida drástica. Durante muitos anos mantive uma rotina (vulgo superstição) que me garantia que pelo menos o Sporting não perdia. Digo pelo menos porque se essa rotina não fosse efectuada a tempo e horas era derrota garantida. Faz aproximadamente 2 anos que deixei de a fazer e nem tive a hombridade de avisar o Paulo Bento. Tenho a anunciar que está de volta, vamos verificar hoje se a coisa ainda tem influência nos astros ou não.

O meu último argumento para não ficar em casa é comum a milhares de Sportinguistas. Apesar de por vezes sentir uma inexplicável nostalgia do antigo José de Alvalade (eu fui lá umas 4 ou 5 vezes), o meu estádio é este, sei e sinto isso, eu faço parte da sua história, da sua estrutura, dos cabos, das luzes, da relva que teima em saltar, do fosso. Foi nele que um belo dia passei minutos a cantar junto com milhares de vozes “Até morrer Sporting allez…”, para mim foi um juramento e se tivesse alguma influência nas claques era com esse cântico que recebia hoje a equipa, a mensagem é simples.

Eu ainda não morri. O Sporting não morre. E… o amor é eterno!


P.S.- É absolutamente indispensável ler o post anterior do Leão Transmontano.

a morte de Alvalade


O Sporting é o Sporting, vive-se, sente-se, ama-se. Poderemos até estar cansados de ama-lo (eu estou cansado), mas o Sporting é imortal e far-nos-á voltar sempre a casa, sem sermos filhos pródigos.

Mas, o Sporting está pejado de filhos pródigos. Escuso-me a contar a parábola do filho pródigo, sobejamente conhecida de todos, mas olhando bem para Alvalade, não podemos deixar de constatar a abundância daqueles que vão e regressam em nome do seu próprio interesse, servindo-se sem servirem o Clube que os vai acolhendo.

O Sporting somos nós e sem nós não há Sporting. Quem somos nós? Os que pagamos as quotas, os que percorrem o país e a Europa a apoiar o clube, os que se dignam a ir às Assembleias Gerais, os que compram ou assinam o Jornal do Clube, os que vão fazendo pequenos sacrifícios em prol do seu sentimento, vivência e amor inexplicável, o Sporting.

Depois, há os tais filhos pródigos, Sportinguistas que gostam de percorrer os corredores do poder de Alvalade, não para tornar o Clube mais forte e competitivo, mas apenas porque é fino percorrer esse corredor, é fino ser-se do Sporting, além de dar jeito para a concretização de interesses e negócios que a todos servem, menos ao Sporting.

O meu negócio quando vou à bola, é beber umas cervejas com os amigos, torcer pelo Clube e regressar a casa, feliz da vida ou com uma cachola do caraças, como vem sendo hábito ultimamente. Diferentemente, há quem fume um bom charuto (nada contra) e vá vendo o jogo sem o mesmo fervor do adepto, porque o que mais lhe interessa é ser visto, falar com fulano e sicrano em prol do suposto interesse ou negócio. A bola não é um prazer, mas sim um álibi, um trampolim para algo mais do que o simples orgasmo que um golo leonino pode provocar.

É verdade que tanto a blogosfera como a imprensa estão carregadas de crónicas e dissertações sobre o momento actual do clube, momento esse que perdura e teima em manter-se actual. Num mundo cada vez mais volátil é interessante verificar que em Alvalade está tudo na mesma de há uns anos a esta parte, ou seja, tudo decadente, sem alma, sem crença nem glória. Não vou entrar na discussão já estafada, sobre os conhecidos problemas que estão a matar o Sporting.

Na Revista do Expresso da semana passada, o Presidente do FCP, Pinto da Costa, concedeu uma interessante entrevista, onde, entre outros temas, abordou as relações com os rivais. Já não há rivais. Apenas há um rival. O Sporting? Esses “são nossos amigos”, referiu o edil Portista.

Pinto da Costa tornou o seu Clube no segundo grande e afastou-nos para terceiro por muito que nos custe admitir. Tratou-nos quase sempre como amigos, ao longo dos anos, adormecendo-nos e explorando ao máximo a nossa rivalidade histórica com o velho rival. Nós, (os filhos pródigos de Alvalade) foram quase sempre na cantiga. O resultado está bem à vista de todos. Pinto da Costa sairá do FCP quando este ultrapassar o SLB em número de troféus conquistados e morrerá com a esperança de que o seu neto pode vir a pertencer ao maior Clube Português, mesmo em número de adeptos.

O Sporting, por razões históricas derivadas do seu código genético, jamais poderia pautar a sua actividade mediante determinadas práticas menos éticas, nada condizentes com os valores e pergaminhos do Clube que sempre se soube diferenciar dos seus rivais quanto à postura social e desportiva dentro e fora das quatro linhas.

Isso é legítimo, admirável, defensável e devemos continuar a pugnar pela verdade, pela irradiação dos apitos, dos túneis e da fruta do futebol português, que está falido e com a reputação pelas ruas da amargura. Não significa isso que se abandone a cruzada contra o sistema conhecido, outrora liderada por nós, que não se tenha posição sobre nada, continuando a ser anjinhos, completamente apáticos, parecendo que nada importa, mesmo quando está em causa a defesa dos nossos mais elevados interesses do Clube.

Parece que já não contamos, somos constantemente ignorados, ninguém nos teme, ninguém nos passa cartão. Tornou-se banal ganhar um jogo ao Sporting, tornou-se banal prejudicar o Sporting, tornou-se normal tratar mal o Sporting, porque quem representa o Clube, pouco ou nada se importa com isso nem nada parece estar a fazer de forma assertiva para alterar esta penosa situação que se abateu em Alvalade.

20.057 almas, estiveram quinta-feira em Alvalade num jogo europeu. Eu estive lá. Fiz meia dúzia de telefonemas a amigos, antigos companheiros de lugar em Alvalade, todos sócios, todos residentes na área de Lisboa. Nota dominante: todos continuam sócios, todos pagam quotas, nenhum vai a Alvalade. Estão realmente cansados de amar este Sporting. Estão cansados de se deitar e acordar no dia seguinte com o sabor amargo da derrota, do desvario, da falta de rumo e de horizonte, precisamente aquilo que no "nosso amigo" a norte não se passa.

O Sporting como o conhecemos, parece já não existir, parece estar a morrer, padecendo de uma doença crónica que todos os dias vai comendo um pouco mais da nossa alma. É todo o pomar que parece estar podre. É mau de mais, como diz Santana Lopes, o homem que tem medo dos elevadores do dragão, "responsável" pela debandada de milhares de sócios quando foi Presidente do nosso Clube.
Mas o nosso Sporting existe, ainda vive, não precisa de ser ressuscitado, porque não morreu. Não estamos reduzidos às cinzas do antigo estádio que parece que nos levou a alma e a mística. A morte de Alvalade parece ser uma certeza para muitos. Pior do que isto parece-nos difícil, mas a verdade é que continuamos a escorregar para o fosso a cada dia que passa. Não haverá reestruturação financeira que nos valha se continuarmos reduzidos a este fosso, a este vazio, a este penoso caminho.

Há quem acredite na morte do Sporting. Nós podemos salvar o Sporting. Os meus amigos, sócios, que ficam em casa, podem salvar o Sporting. Todos aqueles que deixaram de ir a Alvalade pelas razões que sabemos, podem salvar o Sporting. Há certas alturas na vida, que é preciso dizer bem alto: o povo é quem mais ordena. Aquele povo de que Marco Aurélio falou, pode salvar o Sporting, precisamente para evitar a morte de Alvalade e acabar com o estigma.

sábado, 21 de agosto de 2010

Amar também cansa

    A hora do cansaço
    As coisas que amamos,
    as pessoas que amamos
    são eternas até certo ponto.
    Duram o infinito variável
    no limite de nosso poder
    de respirar a eternidade.

    Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
    dar-lhes moldura de granito.
    De outra matéria se tornam, absoluta,
    numa outra (maior) realidade.

    Começam a esmaecer quando nos cansamos,
    e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
    de aspirar a resina do eterno.
    Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
    Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
    rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

    Do sonho de eterno fica esse gozo acre
    na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

    Carlos Drummond de Andrade

Momentos como o vivido actualmente no Sporting ocorreram com tanta frequência nos últimos anos que é difícil dizer que este é o pior. Mas é impossível fechar os olhos à magnitude e frequência de uma série infindável de más decisões e consequentes insucessos e não constatar a erosão que os mesmos estão a provocar no Sportinguismo. Os sinais são tão evidentes que elencá-los é uma tarefa tão fastidiosa como dolorosa.

Dizia ontem que de JEB já nada espero. Mas é bom que se perceba que quando me refiro ao nosso presidente incluo todos os que o acompanham nos órgãos sociais do clube e da SAD, cujo silêncio não é mais que a demissão das suas responsabilidades ou a aprovação tácita da actual gestão, responsável pela situação em que os encontramos.

Dizia também que vejo como muito difícil o surgimento de uma alternativa à actual gestão, tendo em conta os resultados eleitorais de há um ano. Com a agravante da letargia, conformismo e resignação com que a generalidade dos Sportinguistas aguentou um ano de gestão ruinosa para o espírito Sportinguista, seja ela avaliada pela gestão desportiva ou económico- financeira. Quem se sentem inspirado pela tarefa de  ser presidente de um clube de acomodados?

O Sporting não tem hoje oposição constituída, o que é tão preocupante como estranho, face ao momento do clube. Compreendo o difícil papel de todos os meus consócios que se queiram apresentar como alternativa, porque os critérios e a exigência com que são avaliados pelos sócios é de uma duplicidade angustiante. Faz algum sentido dizer ainda hoje que o antigo candidato Paulo Cristóvão que não tinha credibilidade, quando tudo vem sendo permitido ao Presidente Bettencourt?

Mas é indiscutível que o Sporting carece de uma liderança forte. Que, para se constituir e ganhar força entre nós, não pode falar apenas quando as coisas correm mal. E ainda ajuda menos não haver alguém que ofereça, com um discurso sólido e coerente, um projecto desportivo consistente, em alternativa à mediocridade vigente. É com muita pena e com arrepios na espinha que leio considerações tão superficiais como absolutamente disparatadas sobre o que são as necessidades do futebol leonino. Para dizer e fazer disparates já lá temos gente há muito tempo. Quem quiser ser visto de forma credível, tem que dizer e fazer muito mais e melhor do que apenas aquilo que os adeptos gostam de ouvir. Falar verdade é o caminho. Num dos piores momentos da história de Inglaterra Churchill mobilizou a vontade de uma nação dizendo clara e cruamente: "Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor."

Temo pelos próximos tempos, porque, no actual estado da alma leonina, a recuperação de todas as outras condições está fatalmente condenada. São muitos os Sportinguistas que, cansados, não estão dispostos a ser testemunhas da nossa falência, que, mais do que financeira é anímica. Como diz Drummond de Andrade, “As coisas que amamos (…) são eternas até certo ponto,” e (…)Começam a esmaecer quando nos cansamos”. Não me parece que seja a hora de atirar a toalha ao chão, ficando na história do nosso cube como os que “rebaixaram o amor ao estado de utilidade”, deixando de aspirar para o Sporting “a resina do eterno”.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Já estivemos pior

A enfermidade é cada vez mais evidente

 “Não é o meu treinador quem eu reconheço não estar á altura dessa terrível missão de treinar o meu Sporting. Seria incoerente. Não lhe vejo passado, nada lhe vi de assinalável no presente, não lhe sinto futuro.”

(…) a dúvida é o pior preâmbulo de um mandato de treinador. Não enxergar isso faz-nos regressar à casa de onde partimos na época passada, quando JEB não percebeu o fim de linha de Paulo Bento I, e recear pelo que aí vem. Esta é a antítese da esperança mobilizadora tão necessária para a época que se avizinha.

(…) não esperava ver tão pouco depois de sensivelmente 3 semanas de trabalho. (…) E não me parece que esteja em vias de encarreirar. Se é verdade que melhores jogadores ajudarão  é por demais evidente que era obrigatório fazer mais com os jogadores já disponíveis. A questão está no modelo que se pretende para o nosso futebol, cujas linhas mestras não se conseguem vislumbrar da bancada, e creio que nem o balneário o percebe bem, pelo que as exibições sofríveis não devem surpreender. A imagem que fica é uma equipa que trata a bola a pontapé, ignora a sua posse e não possui qualquer mecanismo colectivo a defender ou a atacar. (…) Se isto fosse uma corrida de fórmula um, diria que estamos a correr o risco de “pane” nas voltas de aquecimento, ficando obrigado a partir das boxes, com todas as implicações que isso tem nas nossas aspirações.

Ver agora os meus receios confirmados e até superados por uma realidade cruel em nada me alegra. Mas já estivemos pior. E porquê esta afirmação agora, naquele que parece o pior dos momentos? Porque se há dois meses atrás eram poucos os que se aperceberam das consequências de uma série de decisões que nos deixaram mais pobres e mais fracos, a actual situação do futebol do Sporting já deve ter produzido algum efeito na consciência dos adeptos. É que para mudar é preciso, em primeiro lugar, tomar consciência da necessidade e a urgência de o fazer.

O problema é o que fazer, como fazer e quem deve fazer a mudança.

Não vale a pena esperar por Paulo Sérgio que, ontem, depois de  não ter conseguido corrigir nenhum dos defeitos que a equipa enferma de forma evidente, e depois de uma noite de horrores, ainda se atreveu a dizer que a equipa fez um bom jogo. Quem viu o S.C. Braga mudar ao intervalo, resolvendo o jogo em seu favor, perceberá melhor a importância de um treinador no contexto de uma equipa de futebol. É impossível dissociar os nossos problemas das acções do treinador. Os treinadores adversários sabem como nos vencer e nós não sabemos nem como nos defender nem como atacar.

Não podemos esperar por Costinha, uma vez que os equívocos da sua acção estão agora expostos de forma muito evidente. No entanto esperava, sempre esperei, muito mais dele. Se os seus erros podem ser aligeirados pela inexperiência e impreparação, é no mínimo estranho que tenha desaparecido ontem, como D. Sebastião em Alcácer Quibir. Até Salema Garção soube, numa situação delicada como a de ontem, dar a cara.

De JEB ninguém espera nada. O que é um erro, porque se deve esperar o pior. E como dizia ontem o JPS, na Centúria Leonina, JEB não é tolo. E prova-o a forma como soube controlar as vozes mais sonoras que o podiam contestar. Hoje a contestação à sua acção é feita de forma individual, por menos de uma mão cheia de blogger´s, não existindo qualquer movimento organizado que levante a voz. Como o conseguiu? Sabe-lo-emos em breve. Não deixa contudo de ser paradoxal que, tendo a Juve Leo impedido Mourinho de ser treinador do Sporting, ou chicoteado um treinador que levou o Sporting a uma final europeia ao fim de várias décadas, esteja agora mais mansa que um cão de porcelana na chapeleira de um carro, a abanar a cabeça. De facto JEB não é tolo.

Também não creio que a mudança se faça com uma revolução. O Sporting está hoje dividido em 4 grandes grupos: os que perderam qualquer interesse pelo clube, os que contestam a direcção e há muito alertam para o perigo, os que acham que se deve apoiar, “no matter what”, e os que nada pensam e, no fim de um jogo como o de ontem, abandonam Alvalade a falar do tempo, da economia, etc. Sejamos claros: depois de uma eleição de um presidente a roçar a unanimidade, não há ninguém que se atreva a avançar. Muito menos passado um ano como o que acabamos de viver, que, afinal, parece ser apenas um “trailler” suave do que se prepara para cair sobre as nossas cabeças.  Se todos percebemos que Bettencourt não se demite, tem a palavra quem o elegeu.

Receio pelos tempos que aí vêm. O Sporting, cuja redução à “expressão belenenciana” me recuso a aceitar, está de facto remetido ao fundo de um poço. Ou aproveita muito rapidamente para, fincando os pés, impulsionar o salto, ou, de forma lenta e inexorável, definhará, deixando de ser o que é, habituando-se a chafurdar na lama onde se encontra.

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